Justiça

Para Cristiano Zanin, Lula não corre risco de ser impedido de concorrer à presidência em 2022

Rovena Rosa/Agência Brasil
Advogado afirma que ex-presidente não cometeu qualquer crime e que foi alvo de perseguição por membros da Justiça  |   Bnews - Divulgação Rovena Rosa/Agência Brasil

Publicado em 24/08/2021, às 05h40   Lucas Pacheco


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O advogado do ex-presidente Lula (PT), Cristiano Zanin Martins, disse em entrevista ao BNews Agora, na Piatã FM, na noite desta segunda-feira (23), que não vê risco de o petista ser impedido de concorrer à presidência em 2022. 

“Na minha visão, a recuperação dos direitos políticos do ex-presidente Lula é definitiva e não vejo, realmente, nenhuma possibilidade de haver alguma reversão, porque, nos últimos anos, nós mostramos que ex-presidente não cometeu qualquer crime e que foi alvo de perseguição por parte de alguns membros do sistema de justiça. Então, eu espero que o estado de direito e a própria normalidade venha a prevalecer”.

Entretanto, o advogado ponderou que não sabe se o Lula será de fato candidato nas eleições do ano que vem.

“Eu não sei se o presidente Lula será candidato ou não. Como advogado, o que nós temos que garantir a ele é essa possibilidade, a manutenção dos seus direitos políticos, para que ele tome a decisão no momento oportuno se será ou não candidato”. 

No sábado (21), a juíza federal Pollyanna Alves, da 12ª Vara da Justiça Federal em Brasília, rejeitou a denúncia do Ministério Público contra Lula e os demais envolvidos no processo do sítio de Atibaia. Nesta ação, o ex-presidente era acusado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. A juíza entendeu que não havia provas para recomeçar a ação e que, em relação a Lula, houve prescrição, ou seja, decorreu-se o prazo para punição pelos crimes.

Lula ainda responde a outras duas ações que também tramitam na Justiça Federal do Distrito Federal e há um recurso pendente de julgamento em relação à extensão da suspeição do ex-juiz Sérgio Moro. Atibaia e instituto

Porém, em outro trecho da entrevista, Cristiano Zanin afirmou que no caso do Tríplex do Guarujá não há possibilidade de mudança no julgamento da suspeição e que não acredita que o STF acate o recurso da Procuradoria Geral da República nos demais processos. 

“Acredito que esse recurso da Procuradoria Geral da República será negado pelo Supremo até porque os fundamentos apresentados para reconhecer a suspeição são vastos e indiscutíveis. Não se pode ter dúvida, por tudo aquilo que se sabe, seja do passado, seja pelas mensagens que nós levamos à Suprema Corte, as mensagens trocadas entre o ex-juiz e os procuradores e também entre os procuradores, de que havia ali uma espécie de conluio voltado a prejudicar o ex-presidente Lula e a retirá-lo do cenário político do nosso país”.

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