Justiça

Alexandre de Moraes determina prisões e bloqueio de contas na véspera dos atos pró-governo neste 7 de setembro

Marcelo Carmargo/Agência Brasil
Os alvos são pessoas físicas e jurídicas acusadas de ameaçar integrantes da corte e de investigadas por organizarem atos antidemocráticos  |   Bnews - Divulgação Marcelo Carmargo/Agência Brasil

Publicado em 06/09/2021, às 19h12   Redação Bnews


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O Ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, ordenou a prisão preventiva de duas pessoas acusadas de ameaçar integrantes do tribunal e o bloqueio de contas bancárias de investigados por organizarem atos antidemocráticos. As decisões foram tomadas na véspera dos atos pró-governo Bolsonaro marcados para esta terça-feira (7), feriado da Independência do Brasil, após pedidos do Ministério Público Federal (MPF).

Os pedidos de prisão foram contra Marcio Giovani Niquelatti, um professor de Santa Catarina apoiador de Bolsonaro e conhecido nas redes sociais como Professor Marcinho e Cassio Rodrigues de Souza, ex-PM de Minas Gerais.

A decisão de prender preventivamente o Professor Marcinho partiu de um pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR), sob o fundamento de que a detenção é "necessária e imprescindível, como única medida processualmente adequada, à garantia da ordem pública". O pedido foi assinado pela subprocuradora Lindôra Maria Araújo.

A subprocuradora aponta ainda uma transmissão ao vivo nas redes sociais da qual Marcio Giovani Niquelatti disse que um empresário estaria oferecendo recompensa "pela cabeça do Alexandre de Moraes. "Vivo ou morto, querem trazer ele [..] Agora no Brasil vai ser assim, vai ter prêmio pela cabeça deles", afirmou.

O ministro também determinou operação de busca e apreensão em domicílios do prefeito de Cerro Grande do Sul (RS), Gilmar João Alba, que foi flagrado no aeroporto de Congonhas, em São Paulo, com R$ 505 mil em dinheiro na bagagem. O ministro também determinou à Polícia Federal que ouça o prefeito sobre o valor apreendido. 

Alexandre de Moraes determinou ainda o bloqueio das chaves PIX e contas bancárias, até 8 de setembro, da Associação Brasileira dos Produtores de Soja (Aprojosa Nacional) e da Aprosoja de Mato Grosso, investigadas por estarem supostamente financiando a realização de manifestações antidemocráticas no feriado. Ele ainda determinou que sejam identificadas quantias transferidas das constas das associações  para outras entidades ou terceiros desde 10 de agosto, com valor mínimo de R$ 10 mil.

Moraes também autorizou busca e apreensão de documentos na sede nacional da Aprosoja, em Brasília, e na sede da associação no Mato Grosso, em Cuiabá, alegando que a estrutura e a receita das associações podem ter sido utilizadas para inflar os atos. 

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