Justiça

Acusado de fraude é exonerado do banco do Nordeste

Publicado em 10/06/2012, às 12h37   Redação Bocão News


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A mando da presidente Dilma Rousseff, o presidente do Banco do Nordeste do Brasil (BNB), Jurandir Santiago, exonerou no último sábado (9) o chefe de gabinete, Robério Gress do Vale. Ele é acusado de operar um esquema fraudulento que teria desviado R$ 100 milhões para o caixa 2 de campanhas eleitorais de petistas do Ceará. 
A Polícia Federal (PF) investiga o esquema com base em auditorias do BNB e da Controladoria Geral da União (CGU) que encontraram indícios de fraude em 24 operações de crédito envolvendo petistas. Segundo conclusão da auditoria, e empresa dos cunhados de Vale recebeu R$ 12 milhões. 
Em 2010, o ex-chefe de gabinete do BNB foi o quarto maior doador, pessoa física, da campanha do deputado José Guimarães Nobre (PT-CE), que é irmão do ex-presidente do PT José Genoino, de acordo com denúncia publicada pela revista Época neste final de semana. O desvios e fraudes no banco nordestino se baseava no uso de laranjas ou notas fiscais frias para justificar empréstimos ou financiamentos tomados no banco. Assim como na dança de dinheiro dos tempos do mensalão, as suspeitas envolvem integrantes do PT. 
"A maioria das operações fraudulentas ocorreu entre o final de 2009 e o início de 2011. Somados, os valores dos financiamentos chegam a R$ 100 milhões, e a dívida com o banco a R$ 125 milhões. Só a MP Empreendimentos, a Destak Empreendimentos e a Destak Incorporadora conseguiram financiamentos na ordem de R$ 11,9 milhões. Elas pertencem aos irmãos da mulher de Robério do Vale, Marcelo e Felipe Rocha Parente. Segundo a auditoria do próprio banco, as três empresas fazem parte de uma lista de 24 que obtiveram empréstimos do BNB com notas fiscais falsas, usando laranjas ou fraudando assinaturas. As empresas foram identificadas após a denúncia feita por Fred Elias de Souza, um dos gerentes de negócios do Banco do Nordeste.", diz trecho da matéria da publicação.
Segundo levantamento feito pela revista, "entre os nomes envolvidos nas investigações da CGU e da Polícia Federal, há pelo menos dez filiados ao PT. Apresentado ao levantamento e aos documentos, o promotor do caso, Ricardo Rocha, foi enfático ao afirmar que vê grandes indícios de um esquema de caixa dois para campanhas eleitorais."

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