Justiça

Emoção no palco do Se Liga Bocão: filha reencontra pai preso injustamente

Imagem Emoção no palco do Se Liga Bocão: filha reencontra pai preso injustamente
Após três meses, filha faz apelo ao programa e consegue tirar o pai da prisão  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 27/09/2013, às 07h52   Caroline Gois (twitter: @goiscarol)


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Na manhã desta quinta-feira (26), uma história que poderia somar-se à tantas outras de impunidade registradas no Brasil foi elucidado e teve um final feliz. Isso porque, por volta das 11h, o comerciante Flávio Silva Santos, 42 anos, recebeu o alvará de soltura após passar meses preso por engano no Complexo Penitenciário da Mata Escura, em Salvador.
O caso foi levado à Rede Record Bahia na semana passada e teve o desfecho no palco do Se Liga Bocão. O apresentador Zé Eduardo, através do Programa do Bocão que apresenta na Rádio Sociedade, conseguiu chamar a atenção para o caso e pôde contar com o apoio do advogado criminalista, Vivaldo Amaral. Desde então, a peregrinação e a batalha de Amaral, além do apelo da filha de Flávio e apoio da emissora junto com Zé Eduardo - conseguiram fazer com que a família de Flávio ficasse novamente unida.
Após sair da prisão, Flávio foi até a emissora onde, sem saber, reecontrou a filha Lorena Silva Machado, 20, que desde o início lutou pela liberdade do pai.




O encontro na Record foi emocionante. Ao rever o pai - abraços, choro e muita emoção. Sem palavras, Flávio apenas relembrou com tristeza o que passou: "Um pesadelo, apavorante". Já filha, aliviada, agradeceu e só pensava em voltar para casa e ter o pai ao lado dela. 

O CASO


O caso veio à tona após Lorena afirmar que o pai é vítima de um erro da Justiça. “No processo consta características físicas do suspeito que eles dizem ser o meu pai. Seriam um homem de 20 anos e com tatuagem. Meu pai Não tem tatuagem e tem o dobro da idade”, conta Lorena para o Bocão News.
Em primeira repercussão do caso, divulgado pela Record, Lorena relatou que na última ocasião em que foi detido, Flávio estava no Instituto Pedro Melo, quando tentava tirar a segunda via da carteira de identidade, perdida em 2006. Ele não tinha registrado ocorrência da perda. Segundo a família, a prisão foi "injusta" e um "erro" da Polícia Civil, com "consentimento" do Ministério Público do Estado (MP-BA) e Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA).
O suposto erro da Justiça tem mais um capítulo. Existiam dois mandados de prisão, um deles expedido pelo juiz Cássio José Barbosa Miranda, da 1ª Vara do Júri, em aberto no nome de Flávio desde 2007, por crimes que, segundo a família, ele alega ser inocente. Flávio já era considerado foragido. Leia mais aqui.

Mas, após 90 dias atrás das grades, Flávio e toda família só têm a comemorar. Afinal e desta vez, a justiça foi feita.

VEJAIMAGENS DO REENCONTRO
Publicada no dia 26 de setembro de 2013, às 16h06

Classificação Indicativa: Livre

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