Justiça

Justiça acredita que liberdade da médica Kátia Vargas ameaça ordem pública

Imagem Justiça acredita que liberdade da médica Kátia Vargas ameaça ordem pública
Oftalmologista que atropelou Emanuel e Emanuelle foi indiciada por duplo homicídio  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 24/10/2013, às 22h13   Adelia Felix (Twitter: @adelia_felix)


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O Bocão News divulgou em primeira mão na noite da última quarta-feira (23), a determinação do desembargador Jefferson Assis, que negou o pedido de Habeas Corpus a oftalmologista Kátia Vargas, 45 anos, acusada de ter provocado a colisão que matou os irmãos Emanuel e Emanuelle Gomes Dias, de 23 e 21 anos, na última sexta-feira (11), no bairro de Ondina, na Orla de Salvador. Na quarta-feira (23), o advogado de defesa Vivaldo Amaral deu entrada no pedido no plantão judiciário solicitando que a médica responda o processo em liberdade.
Segundo o documento que a reportagem teve acesso na manhã desta quinta-feira (24), o desembargador acredita que a liberdade da acusada vai perturbar a ordem pública. “Desta forma, demonstrado no decreto prisional a necessidade de preservação da garantia da ordem pública, bem como a comprovação de que a paciente encontra-se sendo assistida por médico particular, não verifica este Relator, pelo menos neste exame inicial, os requisitos autorizadores da liminar pleiteada, razão pela qual a indefiro", diz Jefferson Assis. Entretanto, apesar da liminar ter sido negada, o habeas corpus ainda vai ser analisado por outro magistrado, que pode manter a decisão do desembargador ou determinar a soltura. Além de Amaral, fazem parte da equipe de advogados da médica Tilson Ribeiro Santana, Mateus Cardoso Coutinho e Dominique Viana Silva.

Segundo a delegada Jussara Souza, titular da 7ª Delegacia do Rio Vermelho, a médica foi indiciada por duplo homicídio triplamente qualificado por motivo torpe, impossibilidade de defesa das vítimas e por oferecer riscos a terceiros. O tempo de prisão para esse tipo de crime é de 24 a 60 anos. O inquérito tem cerca de 100 páginas e conta com o depoimento de oito testemunhas. O caso é acompanhado atualmente pela promotora Armênia Santos.

Nota originalmente postada às 10h do dia 24

Classificação Indicativa: 18 anos

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