Justiça

Trio acusado de fazer empada humana se cala em audiência

Imagem Trio acusado de fazer empada humana se cala em audiência
Audiência estava suspensa desde outubro do ano passado porque a defesa pediu exames para atestar a capacidade mental dos réus  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 13/12/2013, às 07h18   Redação Bocão News (Twitter: @bocaonews)


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Um trio acusado de canibalismo em Pernambuco não respondeu às perguntas durante a audiência nesta quinta-feira (12) na Vara do Tribunal do Júri da Comarca de Olinda.  Jorge Beltrão, 50, Isabel Cristina da Silveira, 51, e Bruna Cristina Oliveira, 25, respondem pela morte e ocultação do corpo de Jéssica Camila da Silva. O crime foi descoberto no ano passado, quando a polícia localizou outras duas vítimas dos suspeitos em Garanhuns. Eles fariam empadas com a carne das vítimas.   

A audiência estava suspensa desde outubro do ano passado porque a defesa pediu exames para atestar a capacidade mental dos réus. O laudo foi entregue no dia 22 de novembro e comprovou que eles não sofrem de problemas mentais, mas os advogados de defesa pretendem recorrer e pedir nova perícia.

"Jorge foi aposentado pelo INSS pela patologia de esquizofrenia paranoide. Essa perícia ocorreu há dois, três anos. A lei processual nos diz que, se há divergências entre dois laudos, faz-se um terceiro. Sobre Bruna, prefiro falar quando eu tiver acesso ao laudo", disse ao G1 PE o advogado Raniere Aquino, que defende os dois réus.

O advogado de Isabel, Paulo Sales, também disse que acredita que a cliente tem problemas mentais. "Mas não posso afirmar o teor, pois ainda não tive acesso ao laudo".

Os três estão provisoriamente presos m unidades na Região Metropolitana do Recife e podem ser transferidos para o interior do estado. A juíza Maria Segunda tem dez dias depois das alegações finais de promotoria e advogados, para decidir se os réus serão absolvidos ou vão a júri popular. MP e defesa têm cinco dias para se manifestar. "Pelo resultado do laudo, que mostra que eles podem responder pelos seus atos, eles provavelmente irão para júri popular", diz a magistrada.

O crime aconteceu em 2008 em Olinda. Os acusados respondem por ocultação de cadáver e homicídio quadruplamente qualificado (por motivo fútil, meio cruel, sem chance de dar defesa à vítima e para assegurar a execução, ocultação e impunidade de outro crime).

O caso veio à tona em abril de 2012, quando a polícia encontrou na casa de Isabel, Jorge e Bruna  corpos enterrados no quintal. Os três viviam um triângulo amoroso. Uma das suspeitas confessou que vendia salgados recheados com carne das vítimas pela região, mas o promotor disse que isso não pode ser provado.

As informações são do Correio. 

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