Justiça

Prisco não deixa Papuda nesta terça-feira. Entenda os motivos

Imagem  Prisco não deixa Papuda nesta terça-feira. Entenda os motivos
Reportagem do Bocão News acompanha soltura do vereador em Brasília  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 03/06/2014, às 20h53   Caroline Gois e Juliana Nobre




A fiança de 30 salários mínimos já foi paga, mas o vereador Marco Prisco (PSDB) não sairá da prisão nesta terça-feira (3). A reportagem do Bocão News acompanha a soltura do edil desde o domingo (1) e apurou, com exclusividade, os motivos que ainda impedem a liberdade do baiano. A decisão da Justiça sobre a liberação de Prisco saiu na tarde de sexta (29) e foi substituída pelas medidas cautelares.

Mesmo com o pagamento sendo efetuado nesta segunda-feira (2), já que só poderia ser efetuado em dias úteis, a falta da tornozeleira eletrônica de monitoramento impedia a saída. Com isso, os advogados do baiano alegaram que esta medida não poderia ser cumprida e por isso não havia necessidade de mantê-lo preso, pois a fiança já havia sido paga. No início da manhã de hoje (2), as Polícias Federal e Estadual afirmaram que não teriam condições de monitorar o líder da greve dos policias.

Com a alegação, a Justiça expediu outro alvará de soltura e o vereador poderia ser liberado nesta terça-feira. Um oficial de justiça deveria encaminhar o pedido para o Complexo Penitenciário da Papuda até às 18h, o que não ocorreu. A solicitação já estava no sistema de gerenciamento do presídio, mas o profissional precisava entregar o ofício impresso. Mais uma vez, a burocracia não permitiu que Prisco pudesse ser solto hoje.

A ansiedade aumenta a cada minuto para o líder, que muito abatido já perdeu mais de 20 quilos. A expectativa da defesa do vereador é que o oficial de justiça entregue ainda hoje o documento e que seja liberado a partir da 0h desta quarta-feira.


MPF pede revogação de soltura

Enquanto isso, o Ministério Público Federal (MPF) na Bahia ajuizou, no plantão da Justiça Federal, recurso para restaurar a prisão preventiva de Marco Prisco. Para o MPF, a manutenção do réu em presídio de segurança máxima fora do estado é a única medida capaz de evitar novo risco à segurança pública.

O MPF compartilha o entendimento do Supremo nestas decisões – de que a liberdade do réu configura uma contínua ameaça à coletividade, pois o fim da paralisação da PM não fez cessar o risco que ele representa à ordem pública. Além destes pedidos liminares negados, foram protocolados três pedidos de revogação de prisão preventiva, um embargo de declaração e dois pedidos de liberdade provisória, todos sem êxito até a última sexta-feira.

Prisco foi preso em Salvador no dia 18 de abril e foi imediatamente transferido para a Papuda já que a ordem judicial determinava que ele deveria ficar recolhido preventivamente por 90 dias em instituição prisional federal.

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