Justiça

Acusado de matar jovem palmeirense será julgado por júri popular

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Flamenguista teria atirado garrafa que ocasionou morte de palmeirense  |   Bnews - Divulgação Reprodução/Redes sociais

Publicado em 23/02/2024, às 14h19   Cadastrado por Sanny Santana


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O flamenguista Jonathan Messias Santos da Silva, acusado de arremessar uma garrafa que ocasionou a morte da jovem palmeirense Gabriela Anelli, de 23 anos, foi enviado, pela Justiça, a júri popular. O crime aconteceu em julho de 2023, em uma briga entre torcedores antes da partida entre o Palmeiras e o Flamengo no Allianz Parque.

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Em decisão desta sexta-feira (23), a juíza Marcela Raia de Santana, da 5ª Vara do Júri de São Paulo, pronunciou o réu e determinou que o caso seja julgado pelo tribunal do júri pelo crime de homicídio doloso - quando há intenção de matar - com os agravantes de motivo fútil. A juíza também negou a soltura do suspeito, que está preso desde o dia 25 de julho de 2023, e virou réu em agosto.

Na decisão, a magistrada relembra que o homem cometeu o crime antes de uma partida de futebol, no contexto de briga entre torcidas rivais, o que "evidencia o concreto potencial ofensivo do acusado". 

"O modus operandi por ele adotado, consistente em arremessar, raivosamente, uma garrafa de vidro contra a torcida adversária sem se importar com a integridade física dos torcedores rivais, demonstra que possui personalidade violenta e deve ser segregado do meio social", destaca, relembrando que, após o jogo, ele voltou para o Rio de Janeiro, mesmo sabendo que estava sendo procurado por causa do crime.

Gabriela sofreu um corte no pescoço provocado por estilhaços da garrafa arremessada. A partir do cruzamento de imagens de vídeos feitos por torcedores com os de sistema de reconhecimento facial do estádio, a Polícia Civil concluiu que Jonathan foi a pessoa responsável por arremessar o objeto.

Um outro investigado, Leonardo Felipe Xavier Santiago, chegou a ser preso no mesmo dia do crime, mas as investigações apontaram que não havia sido ele o responsável por atirar a garrafa que matou Gabriela, e ele foi solto por decisão judicial em 12 de julho.

A defesa de Jonathan afirma que irá recorrer ao Tribunal de Justiça, já que, para ele, não foi levado em conta um depoimento de um amigo da vítima que estava no local, e teria declarado que o rapaz não foi o autor do crime.

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