Justiça
Publicado em 25/11/2022, às 16h11 Cadastrado por Lorena Abreu
Um episódio lamentável aconteceu no Tribunal do Júri de Taubaté, São Paulo. Um promotor disse à advogada do réu que ela tem o "habito de rebolar", referindo-se à tentativa de convencimento dos jurados.
Após a repercussão do caso, o promotor Alexandre Mourão Mafetano tornou-se alvo de reclamação disciplinar apresentada à Corregedoria Nacional do Ministério Público do Estado (MP-SP).
Ela contou que já é conhecido no fórum o jeito "ácido e provocativo" daquele promotor, e que a situação, que envolvia direito ao silêncio, foi prejudicial não só a ela, como para o réu, que acabou condenado.
A advogada Cinthia Souza entende que houve omissão por parte do juiz que presidia o Júri, situação que foi ainda mais desfavorável ao réu, já que, pelo cargo, ele é visto com grande respeito pelos jurados.
Por fim, ela lamentou o fato de que casos de machismo no Judiciário não são isolados. A advogada contou ao site Migalhas que foi contatada por diversas colegas de profissão, muitas dizendo que já passaram por situações constrangedoras no exercício da advocacia.
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