Justiça

Conselheiro da OAB-BA dá detalhes do Primeiro Estudo Demográfico da Advocacia Brasileira

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O advogado e conselheiro conversou com o BNews sobre o estudo  |   Bnews - Divulgação Arquivo Pessoal
Edvaldo Sales

por Edvaldo Sales

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Publicado em 10/09/2023, às 14h30 - Atualizado às 14h31


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O Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) começou a aplicar o questionário virtual do Primeiro Estudo Demográfico da Advocacia Brasileira no último dia 28.

O objetivo do levantamento é conhecer a realidade dos advogados e advogadas de todo o país, identificando dificuldades, peculiaridades e características regionais do exercício profissional.

Ao BNews, o advogado Carlos Sampaio, vice-presidente da Comissão de Prerrogativas da OAB-BA e conselheiro do Instituto Reparação, definiu o estudo inédito como “o nosso censo”.

“Atendendo um antigo anseio da advocacia brasileira, o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, Dr. Beto Simonetti, deu início ao Primeiro Estudo Demográfico da Advocacia Brasileira”, disse.

De acordo com Sampaio, a pesquisa, com o slogan ‘Te ouvir para melhor te atender’, “pretende levar a mais de 1,3 milhão de advogados e advogadas um questionário com 42 perguntas sobre diversos aspectos do exercício da profissão”.

O questionário será aplicado pela Fundação Getulio Vargas (FGV) por meio de uma plataforma digital e será dividido por temas. Além do perfil sociodemográfico e do foco na atuação profissional, também foram incluídas perguntas sobre saúde, uso da tecnologia e prerrogativas e honorários.

Raça e gênero

O censo da advocacia vai revelar o perfil dos advogados e advogadas do Brasil, incluindo as questões de raça e de gênero. De acordo com Carlos Sampaio, essa parte da pesquisa é “importantíssima para a advocacia negra”.

Saber quanto nós somos, onde estamos, quantos recebemos e se estamos satisfeitos com a questão dos honorários. A gente precisa dessas informações para que a gente possa exigir do sistema OAB a aplicação dessas políticas sociais”.

Carlos Sampaio destacou também a importância de se falar sobre a advocacia jovem. “A gente precisa desses dados. Vai mostrar a questão também da advocacia jovem que está recebendo baixíssimos salários. Tem advogados hoje recebendo R$ 20 ou R$ 30 para fazer uma audiência, o tal do pautista. E tudo isso acaba afetando a advocacia negra, que ainda é mais fraca. São pessoas que vêm de um [determinado] nível social”, pontuou.

Além disso, o conselheiro afirmou que essa pesquisa vai demonstrar a realidade do advogado no interior. “É tudo mais difícil para eles. [...] Quando sair esse resultado a gente vai constatar as coisas que já estão acontecendo. [...] A gente já vem chamando atenção para isso. Agora, com a pesquisa, vamos estar mais fundamentados”.

Live-aula

Às 20h da próxima terça-feira (12), vai acontecer uma live no perfil do Instituto Reparação, no Instagram (@institutoreparacao). Na transmissão, será debatido o Primeiro Estudo Demográfico da Advocacia Brasileira. Carlos Sampaio será o convidado. “Vamos conversar um pouco sobre os aspectos desse estudo e suas consequências”, completou.

live
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