Justiça

Faroeste: Desembargadora do TJ-BA pode sofrer grande derrota por alta dívida com empresa; saiba detalhes

Nei Pinto/TJ-BA
Desembargadora do TJ-BA é faz parte do grupo de magistrados investigados na "Faroeste" e firmou acordo de delação premiada  |   Bnews - Divulgação Nei Pinto/TJ-BA

Publicado em 28/01/2023, às 17h30 - Atualizado às 18h07   Cadastrado por Yuri Abreu


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Uma desembargadora do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) pode sofrer uma grande derrota por uma alta dívida com uma empresa do setor imobiliário. A questão foi parar, inclusive, nos corredores do Judiciário baiano.

Investigada na Operação Faroeste, da Polícia Federal (PF), com as ações sendo determinadas pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), a desembargadora Sandra Rusciolelli foi acusada de de interferir em decisões do TJ-BA relacionadas a outros investigados pela Operação Faroeste em troca de benefícios para seu filho, o advogado Vasco Rusciolelli

Em investigação realizada pela PF, um montante de R$ 2,7 milhões em movimentações financeiras entre Sandra e o Vasco foi encontrado e considerado suspeito. No entanto, ambos assinaram acordos de delação premiada e passaram a contribuir com as investigações da Operação.

Deflagrada inicialmente em novembro de 2019, a Operação Faroeste contou com uma série de ações da corporação visando apurar o envolvimento de membros do TJ-BA num suposto esquema de venda de sentenças, formação de quadrilha, grilagens de terra no Oeste do estado e dentre outros crimes.

Apesar da colaboração para com os trabalhos, o STJ, em maio do ano passado, decidiu prorrogar, por mais um ano, o afastamento da desembargadora das atividades da Corte baiana. A medida vale pelo menos até o dia 23 de março deste ano.

Não bastasse isso, a magistrada pode perder dois apartamentos de luxo que ela e Vasco possuem no condomínio de luxo Le Parc, localizado na Avenida Paralela, em Salvador. Os imóveis foram adquiridos em 2013 junto a Austrália Empreendimentos Imobiliários e estão avaliados em R$ 2 milhões. Contudo, mãe e filho não teriam quitado sequer 10% do valor das propriedades.

Em Salvador, de acordo com a Receita Federal, a empresa tem como endereço a Rua Ewerton Visco, no Caminho das Árvores. Desde 2017, há uma briga na Justiça sobre a questão, mas ainda não há uma decisão final. Atualmente, a desembargadora vive com a família na mansão em Praia do Forte, localidade de Mata de São João, Região Metropolitana de Salvador (RMS). O imóvel foi identificado em uma operação recente de busca e apreensão por parte da Polícia Federal.

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