Justiça

Itaú afirma que Americanas está criando "versões inverídicas” após entrega de plano de recuperação

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“É falsa a informação de que a carta de circularização referente ao ano de 2016, enviada em 13/1/2017, foi substituída", começa a nota do Itaú  |   Bnews - Divulgação Reprodução

Publicado em 23/03/2023, às 18h11   Cadastrada por Letícia Rastelly


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Na última segunda-feira (20), a Americanas entregou um plano de recuperação judicial que estremeceu ainda mais a relação com um dos seus credores, o banco Itaú. Isso porque, segundo a coluna de Lauro Jardim, em O Globo, uma informação sobre a instituição financeira, que consta no documento entregue a Justiça, seria falsa.

No documento, há a informação de que em 2016 a KPMG recebeu do Itaú (e do Santander) respostas às cartas de circularização com saldo de operações de risco sacado com fornecedores junto à Americanas. Entretanto, logo mais, essa informação teria sido retificada, de modo que, segundo a KPMG, o risco sacado anteriormente teria sumido. O Itaú não nega o ocorrido e ainda acusa a varejista de má-fé.O banco afirma que tanto as Americanas, como seus advogados, estão tentando “criar versões inverídicas”.

Confira abaixo a nota completa do Itaú:

“É falsa a informação de que a carta de circularização referente ao ano de 2016, enviada em 13/1/2017, foi substituída. A realidade dos fatos é que a carta enviada continha todas as informações usuais, inclusive as relativas a risco sacado. No entanto, ao receber a carta, a Americanas pediu ao banco que a substituísse, excluindo as informações relacionadas ao risco sacado, o que foi prontamente negado. Como resposta à negativa do banco, em 31/1/2017 a administração da Americanas solicitou, por escrito, o envio do detalhamento de certas operações relacionadas na carta original, solicitação esta que não abrangia as informações sobre risco sacado.

Em resposta a esse segundo pedido, o Itaú encaminhou documento adicional, fazendo referência à carta original, que inclusive seguiu anexada ao segundo relatório, de modo que toda a informação solicitada desde o início do processo estivesse disponível para auditoria. Portanto, em mais uma ação que demonstra má fé na condução deste caso, a empresa e seus advogados tentam criar versões inverídicas que buscam afastar a única e exclusiva responsabilidade da sua administração, incluindo diretoria e conselho, pela elaboração e exatidão das demonstrações financeiras”.

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