Justiça

Ministério Público solicita que Justiça autorize mulher com câncer a fazer aborto

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Para tratar o câncer retal a mulher precisa realizar quimioterapia e radioterapia; procedimentos considerados invasivos e prejudiciais ao feto  |   Bnews - Divulgação Reprodução/Pixabay

Publicado em 22/11/2022, às 19h24   Cadastrado por Letícia Rastelly


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Foi necessária a intervenção do Ministério Público de Goíás para que uma mulher, com câncer, tenha a chance de interromper uma gestação de 12 semanas na cidade do Rio Verde, em Goiás. Segundo o pedido, o aborto é necessário para que a mulher passe pelo tratamento oncológico que envolve quimioterapia e radioterapia, procedimentos que são considerados invasivos e prejudiciais ao feto, podendo, inclusive, causar sérias anomalias e até mesmo a morte

De acordo com o Portal Metrópoles, a mulher descobriu a doença e a gestação simultaneamente, ao passar por uma bateria de exames depois de apresentar mau funcionamento do intestino. De acordo com o promotor de Justiça Paulo de Tharso Brondi, os tratamentos são a única chance de vida para a mulher e, por isso, ela e os médicos decidiram pedir a autorização para o aborto. Só depois do procedimento a grávida poderá iniciar a radio e a quimioterapia para tratar o câncer retal.

Segundo o pedido do MPGO, no caso em questão, se a paciente prosseguir com a gravidez, terá seu quadro cancerígeno agravado devido à impossibilidade de fazer o tratamento. O promotor apelou ainda ao fato da paciente possui outros três filhos pequenos, que dependem dela tanto afetiva quanto financeiramente. Além disso Brondi ressaltou que até o terceiro trimestre de gestação, o feto não possui completa formação do sistema nervoso central nem consciência, sendo impossível que ele sobreviva sem o corpo da mãe.

Classificação Indicativa: Livre

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