Justiça
Arquivo BNewsPublicado em 14/04/2023, às 10h37 Redação BNews
O Condomínio Salvador Trade Center, conhecido como “as Torres Gêmeas” da Avenida Tancredo Neves, foi recomendado pelo Ministério Público nesta semana a adotar medidas que previnam o racismo, além de colocar em prática ações para garantir a eficácia dos estatutos Nacional e Estadual da Igualdade Racial.
A promotora de Justiça Lívia Sant’Anna Vaz orienta o empreendimento a apresentar, nos próximos 30 dias, um cronograma de programa de prevenção da discriminação racial, que deve ser implementado ainda neste ano.
De acordo com o MP, a recomendação é que o programa deverá promover a formação antirracista de todos os funcionários; a produção e veiculação de publicidade que valorize a diversidade étnico-racial da população brasileira; e a produção e veiculação de cartilha educativa/informativa sobre enfrentamento ao racismo.
“Nos próximos 90 dias, o Condomínio Salvador Trade Center deverá apresentar ao MP o censo étnico-racial de suas/seus colaboradoras/es, gestoras/es e dirigentes e seguranças. O empreendimento também foi orientado a, no prazo de 120 dias, apresentar ao MP um plano de diversidade e inclusão étnico-racial que envolva impactos em sua composição e em suas práticas institucionais”, informou o órgão.
Racismo
Em 2017, a administração do empreendimento foi alvo de uma queixa de racismo e injúria registrada pelo gestor de projetos Márcio de Oliveira Desidério, de 43 anos. O homem diz que estava em um café do centro empresarial com o primo, quando foi abordado por dois policiais, que os revistaram.
Os agentes, de acordo com a versão dele, teriam dito que foram acionados pela administração do centro após identificar nele uma “atitude suspeita”. À época, o caso foi registrado na 16ª Delegacia de Polícia, no bairro da Pituba. Ele também denunciou o caso ao MP.
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