Publicado em 13/05/2012, às 17h13 Redação Bocão News
Mais um nome foi confirmado para a mesa-redonda “O Negro na Literatura Brasileira - 124 anos Pós-abolição”, que antecede a sessão de autógrafos do jornalista e escritor Fernando Conceição, durante o lançamento da sua primeira obra de ficção Διασπορά, um romance, o do também escritor e poeta, José Carlos Limeira. O evento será realizado na próxima segunda-feira (14), dia seguinte ao aniversário da abolição da escravatura no País, a partir das 18h30, no Cabaré dos Novos do Teatro Vila Velha, no Passeio Público, no Centro de Salvador.
A mesa será composta ainda, pelas professoras Ana Célia Silva, do departamento de Educação da Universidade do Estado da Bahia (UNEB) e autora do livro A representação social do negro no livro didático, e Florentina Silva de Souza, doutora em Estudos Literários e dirigente da Associação Brasileira de Pesquisadores Negros (ABPN). Em discussão, o lugar do negro na literatura brasileira contemporânea. Além do debate e da sessão de autógrafos, haverá também a leitura dramática de trechos do livro pelos atores Jorge Washington, Fabio Santana, Valdinéia Soriano e Elane Nascimento, do Bando de Teatro Olodum. As performances serão orientadas pelo diretor do Bando, Marcio Meireles.
A publicação de Διασπορά, é resultado da premiação em dois editais da Secretaria de Cultura do Estado da Bahia – criação literária, em 2008, e demanda espontânea 2011. O livro está sendo lançado pela Editora Casarão do Verbo e poderá ser adquirido nas livrarias pelo valor de 35 reais. Durante a noite de lançamento o exemplar será comercializado por 30 reais. O autor confirma o lançamento, no local, data e horários definidos “mesmo se chover muito na cidade”, assinala.
Διασπορά trata de relações raciais e de poder. A narrativa se utiliza de uma possível disputa eleitoral pelo cargo majoritário da cidade de Salvador, na Bahia, entre um candidato negro e um não-negro (judeu). Na opinião do mestre em Cultura e Sociedade Ivan Messias, um dos revisores do texto, o romance se utiliza de uma “teia dramática simples e plana” para revelar uma densa pesquisa “histórico-argumentativa”. Messias antecipa ainda, que “as limitações e contradições das lideranças políticas, dos homens públicos, empresários, pessoas comuns” são sondadas de modo amoral pelo autor, não poupando ninguém deste crivo.
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