Cultura

Baianas querem fazer “greve” por 24h após decisão judicial

Imagem Baianas querem fazer “greve” por 24h após decisão judicial
Quituteiras foram proibidas de fazer iguaria na areia da praia e pegaram ar  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 15/10/2013, às 10h53   Redação Bocão News (Twitter: @bocaonews)


FacebookTwitterWhatsApp


Após uma proibição judicial que impede as baianas de acarajé de Salvador de fabricar e comercializar seus produtos na areia da praia, a categoria tomou para si a luta e ameaça fazer uma greve de 24 horas em Salvador. Durante todo este tempo, as quituteiras de toda a cidade planejam fechar seus tachos e não servir nada aos clientes em protesto.
O problema começou quando o juiz Carlos D'Ávila, da 13ª Vara Cível, publicou uma decisão no início do mês alegando que fabricar e fritar o acarajé na areia poderia incorrer em poluição ambiental e risco aos frequentadores da praia. A decisão é definitiva e, segundo o juiz, não há negociação. A nova determinação obriga que as baianas saiam das areias e subam aos calçadões. 
A única flexibilização, porém, foi sugerida pelo juiz e acatada imediatamente pela prefeitura: fabricar o acarajé na calçada e prepostos o levam para os clientes na areia. Os argumentos ambientais e de segurança do juiz, porém, não convenceram as entidades de baianas de Salvador, que resolverma ir à luta e ainda ganharam o apoio da vereadora Fabíola Mansur (PSB).
A edil foi quem originalmente sugeriu a greve de 24h devido a um apelo para que haja mais tempo para que as entidades, prefeitura e Justiça debatem a polêmica. As baianas, em acordo com a prefeitura, desejam que haja a liberação de montagem de estruturas móveis na areia para melhorar as condições de venda, mas não ir definitivamente à calçada.
A Associação das Baianas de Acarajé (Abam) marcou para esta terça-feira (15) uma reunião para marcar o dia do protesto e espera que baianas de toda a cidade adiram à prática. Com isto, as quituteiras esperam que os clientes entendam as reivindicações e ajudem-nas a conseguir manter sua prática tradicional nas praias. Vale lembrar que a pressão conseguiu demover a Fifa da proibição do acarajé nos estádios das Confederações e da Copa do Mundo.

Nota originalmente postada às 23h do dia 14

Classificação Indicativa: Livre

FacebookTwitterWhatsApp