Cultura
Sucesso no YouTube, a websérie baiana ‘Na Rédea Curta’, que é estrelada pelos atores Sulivã Bispo e Thiago Almasy, virou filme e estreou nos cinemas no dia 1º de dezembro. No longa-metragem, Mainha e Júnior se veem em uma situação inédita – Júnior, criado apenas pela mãe, terá que descobrir como ser pai após saber da gravidez de sua namorada. Além disso, a dupla parte em uma aventura pelo Recôncavo da Bahia.
Em conversa com o BNews, Glenda Nicácio, que é uma das diretoras do filme ao lado de Ary Rosa, e Sulivã falaram sobre como surgiu a ideia de levar Mainha e Júnior para as telonas e contou curiosidades sobre os bastidores da gravação.
De acordo com Glenda, tudo começou depois que seu parceiro de direção assistiu um dos episódios da websérie. “Ele achou muito legal e que se relacionava com o nosso trabalho, com a nossa forma de filmar a Bahia. E aí, teve uma amiga, Tina Melo, que é uma artista que faz a caracterização dos nossos filmes e faz a caracterização da peça do ‘Na Rédea Curta’ com Thiago e Sulivã”.
Ela continuou:
A gente entendeu que tinha algo muito legal nessa junção, nessa mistura de duplas e aí sentamos para conversar sobre o argumento, que já trazia a proposta de que Júnior vinha para Cachoeira, até porque ‘Na Rédea Curta’ é o nosso sexto filme e todos eles são gravados no Recôncavo da Bahia. Então, a gente tinha essa premissa de fazer Junior sair de Salvador com Mainha e vir atrás do pai aqui. E é aí que a aventura toda começa”, explicou.
A partir disso, a ideia foi abraçada por Sulivã, o qual revelou que já era um sonho antigo dele e de Thiago levar seus personagens para a tela dos cinemas. “Eles trouxeram a realidade para esse sonho tão bonito”, destacou o ator.
Assista ao trailer de ‘Na Rédea Curta’:
Como foi levar Júnior e Mainha para as telonas
Ao BNews, o intérprete de Mainha ressaltou o sentimento que predomina nele ao ver um projeto tão querido pelos fãs ganhando espaço na sétima arte.
É um sentimento de expansão de um projeto que traz identidade, afirmação, questões sociais e humor, que fala bem da gente para mais pessoas e de uma maneira mais plural. Então, de fato, levar ‘Na Rédea Curta’ para o cinema é tornar realidade esse sonho periférico e identitário”.
Já Glenda, disse que levar Mainha e Júnior para as telonas foi muito prazeroso, divertido e uma honra, porque são dois personagens que ela admira.
Foi um filme que a gente se divertiu muito desde que a gente começou a escrever o roteiro e agora estou feliz de ver a reação do público. Público que vai para rir e sai também emocionado. A gente trabalha com esse lugar da comédia, mas também com o lugar do drama. O lugar de chamar o espectador para olhar para umas questões que são muito nossas enquanto família brasileira”.
Processo de gravação, bastidores e Covid-19
Glenda deu detalhes de como foi o processo de gravação de ‘Na Rédea Curta’. Ela contou que muita coisa aconteceu. "Mas a maior curiosidade é o fato de que a gente começou a gravar o filme na Lapinha em março [de 2020] e aí, três dias depois, foi decretado lockdown e a pandemia".
Diante disso, as gravações foram paralisadas no mesmo momento. Glenda relembrou que a equipe tentou retomar os trabalhos duas vezes, mas não conseguiu.
É um filme que tem, mais ou menos, a duração de um ano entre a primeira vez que a gente começou a gravar e a vez que a gente retoma e consegue finalizar. É legal que assistindo ao filme você não sente essa diferença, que tem um ano entre o primeiro ‘ação’ e o último ‘corta’”.
Vem uma continuação por aí?
A pergunta que não quer calar é: ‘Na Rédea Curta’ vai ganhar uma continuação? Conforme Glenda e Sulivã, ainda tem muita história para ser contada, mas tudo vai depender do desempenho do longa-metragem nas salas de cinema.
Acho que o universo de Junior e Mainha rende muitas histórias. [...] Tem muita risada, muita gargalhada e comoção para a gente viver junto. Então, podem aguardar que tem muita história. É série, filme, é tudo”.
Porém, Glenda pontua que, para que isso seja possível, é necessário que o primeiro filme alcance o máximo de pessoas. “É importante que todo mundo vá ao cinema. A gente está na nossa segunda semana. Acompanha nas redes sociais, marca seu amigo, convida, marca a gente para falar o que você achou do filme. Para a gente, é muito importante esse feedback”, explicou.
Sulivã enfatizou: “Tem personagens que nunca apareceram, Junior que vai ser pai, Júnior procurando o pai. É uma história recheada de muitas surpresas. Como ‘Na Rédea Curta’ tem vários personagens, a gente pode brincar com isso em outros momentos. Eu acho que, nas próximas, novas aventuras e segredos serão descobertos”.
“Depois de ‘Ó Paí, Ó’, vem aí na ‘Na Rédea Curta’”
O ator finalizou destacando o peso que o filme tem por ser uma comédia baiana estrelada por pretos.
Eu acho que ‘Na Rédea Curta’ estar no cinema tem um peso muito potente, tanto para comédia brasileira - porque é uma comédia majoritariamente negra - quanto para a comédia nordestina. É raro a gente ver comédia nordestina no cinema, e baiana em especial. Então depois de ‘Ó Paí, Ó’ vem aí ‘Na Rédea Curta’”.
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