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BNews Summer: Conheça a fé e a cultura do Natal

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O Natal é uma festa religiosa que mistura tradições culturais de diversas origens com consumismo descontrolado  |   Bnews - Divulgação Ilustrativa / Pixabay
Bruno Guena

por Bruno Guena

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Publicado em 24/12/2023, às 05h30


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O Natal é uma festa religiosa que mistura tradições culturais de diversas origens, mas que também desperta o consumismo muitas vezes considerado descontrolado. Nesse período, cristãos celebram o nascimento de Jesus Cristo. Para entender melhor a importância desta data, conversamos com um produtor cultural Guilherme Hunder e o padre Romildo Pires, da Igreja Católica.

A cultura natalina começou a ser comemorada por volta do século 4 d.C. Desde então, nos quatro cantos do mundo é celebrado esta importante festa.

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O produtor cultural Guilherme Hunder é tão apaixonado pela data que até já foi tema de um de seus aniversários. Ele explica sobre sua relação com o espirito natalino.

"Bem! Eu sou um entusiasta do Natal. Me lembro que ainda pequeno, tinha o maior prazer em montar a árvore, o presépio e pedir para que um dos meus aniversários fosse comemorado com este tema. Trouxe essa lembrança, pois isso reforça o quão essa tradição natalina é um relação cultural bastante simbólica", disse Hunder.

Roda de conversa na noite de Natal - Foto: Ilustrativa / Pixabay
Roda de conversa na noite de Natal - Foto: Ilustrativa / Pixabay

Guilherme também relaciona o 'Espírito natalino' com projetos que já desenvolveu com o tema. da festa de religiosa

"É um movimento tão intenso que, mesmo que em nossas casas o período não tenha seu protagonismo, no final do ano o "Espírito natalino" invade os nossos cotidianos. Anos depois, o amor pelo Natal ficou quietinho, latente, e reaflorou em processos de trabalho. Construí durante alguns anos figurinos para Noelandia, um projeto do Shopping da Bahia, que me fez mergulhar nestas referências clássicas todas, desta vez com outro contorno artístico e estético", afirmou o produtor que é amante do Natal.

Mas Hunder ressalta que ainda é preciso promover o ciclo natalino como uma relação cultural popular.

"Quero dizer com isso que este Natal pautado nas referências europeias, ditas clássicas, já está imortalizado, ele vai reverberar infinitas gerações, como a minha, por exemplo. No entanto precisamos passar a promover e fortalecer o nosso ciclo Natalino, percorrer o que temos de mais belo no Brasil, nossas manifestações da Cultura Popular. É preciso acender o que é nosso e, portanto, acender uma outra relação cultural com o Natal", finalizou Hunder.

Estipulada pela Igreja Católica no ano de 350 através do Papa Júlio I, o dia 25 de dezembro ficou registrado como a data de celebração do nascimento de Jesus, figura central do Cristianismo.

Há 40 anos na vida sarcedotal, o padre Romildo Pires falou sobre o verdadeiro sentido da celebração religiosa.

"Celebrar o Natal é encontra-se com o mistério belo e surpreendente do Filho de Deus onipotente que humildemente se fez pequeno e frágil. É um Deus visível que vem manifestar o amor, a força e o poder de um Deus que era invisível. Então, Deus vem ao nosso encontro através de Jesus", afirmou o religioso.

Como o Natal é uma tradição católica e ocidental, ele não tem no Japão a mesma importância que tem aqui no Brasil, por exemplo. Mesmo assim, a data não passa em branco por lá. Além da tradição e do consumismo, a celebração também possui diversos símbolos característicos do período.

Maria observando Jesus na manjedoura / Foto: Ilustrativa / Pixabay
Maria observando Jesus na manjedoura / Foto: Ilustrativa / Pixabay

Presépio

Derivado do latim, o termo presépio significa estábulo, ou seja, parte de uma fazenda voltada à guarda dos animais.

"Os símbolos do Natal nos aproxima do nascimento de Jesus. Ao vê-lo na manjedoura, lembramos no presépio que há 800 anos Francisco de Assis criava que ficasse presente na vida da gente", disse padre Romildo.

Árvore de Natal

A árvore de Natal é um dos símbolos mais conhecidos, e normalmente é um pinheiro. O formato triangular representa a Santíssima Trindade (Pai, Filho e Espírito Santo). O costume de enfeitar as árvores de Natal surgiu em 1539, em Estrasburgo, na França, e representa o agradecimento pela chegada de nosso Senhor Jesus Cristo.

O costume de preparar este belo complemento do presépio foi passando de vizinhança em vizinhança, alcançando hoje até mesmo países onde a neve é um fenômeno desconhecido. Não é mesmo?! rs

Claro que o Papai Noel não ficaria de fora.

Segundo o padre, o "Bom Velhinho" foi inspirado na figura de São Nicolau. "O Papai Noel também é um símbolo, tem sua história na Igreja. Chamado Nicolau, que viveu entre os séculos III d.C. e IV d.C. Ele dividiu seus bens com pessoas pobres, por isso tinha barbas e cabelos brancos".

E a Santa Ceia

Ainda de acordo com padre Romildo, a Santa ceia representa fraternidade: "A ceia de Natal, o encontro ao redor da mesa vai além dos 'comes e bebes', é um símbolo da fraternidade entre as pessoas que partilham os seus alimentos, que se unem em torno da mesa como família para celebrar o nascimento de Jesus".

Classificação Indicativa: Livre

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