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Jornalista Jolivaldo Freitas lança livro sobre coronel que ajudou a concretizar ditadura militar na Bahia

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Coronel Geraldo Sodré Martins foi umas das figuras mais importantes para a concretização da ditadura militar na Bahia  |   Bnews - Divulgação Divulgação

Publicado em 20/10/2022, às 11h11   Cadastrada por Rafael Albuquerque


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O romance biográfico Estilhaços de uma Existência, escrito pelo jornalista Jolivaldo Freitas, aborda a vida do polêmico coronel Geraldo Sodré Martins, umas das figuras mais importantes para a concretização da ditadura militar na Bahia. O trabalho será lançado nesta quinta-feira (20), a partir das 18h, no Clube Espanhol, na Barra, com entrada é gratuita.

"A história do Coronel Sodré Martins é boa de ser contada e de ser lida. Acaba se confundindo com a própria história política e social da Bahia das décadas de 1960 e 1970, no chamado período militar. Tem muitos fatos pitorescos e curiosidades", afirma o autor.

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O coronel Geraldo Sodré Martins nasceu em Salvador, em 1922. Ele era médico ortopedista e foi professor da Faculdade Bahiana de Medicina. Também escrevia artigos para jornais, sobre temas sociais, históricos e até sobre fé, além de ser atleta e artista plástico. Mas, a função que mais marcou a vida dele foi a de militar, em especial no período em que articulou o golpe contra o então presidente da república, João Goulart.

Anos depois de colaborar diretamente para a consolidação da ditadura militar no país, ficou insatisfeito com os rumos tomados pelo governo. Um dos fatos contados no livro, inclusive, é a briga que teve com um poderoso ex-governador da Bahia.

"O coronel é um personagem digno do realismo fantástico latino-americano, com todas as suas idiossincrasias, dúvidas e decepções com o próprio movimento militar, que terminou por rejeitar em certo ponto da vida", revela Jolivaldo.

Geraldo era filho ilegítimo do comendador Bernardo Martins Catharino, que foi o homem mais rico da Bahia. Por isso, sofreu todas as consequências do preconceito familiar e social à época com esse tipo de relação parental. Depois do falecimento, os filhos encontraram dois romances escritos pelo coronel, nunca publicados. Trechos desses romances estão no livro, numa espécie de metalinguagem.

"Ele foi uma pessoa mística, que chegou a pertencer à Irmandade Nossa Senhora da Conceição e, apesar de um homem de direita, se relacionava bem com os amigos e parentes de esquerda", contou Freitas. "O que não falta no livro é o retrato da sociedade baiana de uma parte do século XX, com seus preconceitos e crueldades", finaliza o autor.

O projeto tem patrocínio do Banco Master e os exemplares do livro serão distribuídos para quem participar do coquetel de lançamento.

Classificação Indicativa: Livre

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