“Noite da Beleza Negra é a noite da arte preta do Brasil”, diz diretor artístico

O dramaturgo e responsável pela direção artística da 43ª Noite da Beleza Negra, Elisio Lopes, falou, em conversa com a imprensa, sobre como foi receber o convite para dirigir o evento, que aconteceu no último sábado (13) e, para ele, é “a noite da arte preta do Brasil”.

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O primeiro ano que eu dirigi a Noite da Beleza Negra o Ilê estava completando 40 anos e o convite me fez tremer, porque foi aqui no Ilê que eu identifiquei que eu era bonito. Um lugar onde a gente olha para o lado, olha para o outro, olha para o palco e a gente se vê”, iniciou.

Segundo Elisio, é uma honra e um desafio fazer parte do evento. “Como artista, tinha várias coisas que a gente olhava e dizia ‘poxa, isso pode ser mexível’. E Vovô, quando me convidou, falou: ‘eu quero que essa noite tenha mais arte’. E a gente entendeu que o Ilê e a Noite da Beleza Negra é a noite da arte preta do Brasil”, disse.

O diretor artístico falou também sobre como participar da Noite da Beleza Negra é uma realização para muitos artistas. “Esse sonho, para um artista, eu acho que é uma grande realização”.

“A gente trouxe audiovisual, teatro, música, moda, dança, a gente trouxe todo mundo que quis dialogar com a nossa essência, com a nossa ancestralidade, sem descaracterizar nada, sem desrespeitar nenhuma das tradições que faz esse percurso está na 43ª edição, fazendo parte do imaginário e do sonho de toda a menina preta baiana”, continuou.

Isso é um orgulho, porque eu acho que a gente colaborou artisticamente com o processo e a gente respeitou tudo que todo mundo admira nesse lugar”.

Elisio ainda revelou o desejo de que, nas próximas comemorações, tenham mais pessoas pretas envolvidas em todas os processos. “Eu acho que essa noite vai continuar, é a primeira comemoração do primeiro ciclo de 50, dos próximos 50, e eu espero que tenha aqui um diretor preto, uma equipe preta a frente desse espetáculo no próximo ano, com a mesma integridade, a mesma honra e o mesmo orgulho de estar fazendo o que a gente tem”.