Denúncia

Presidente de sindicato dispara contra o Itaú em protesto: lógica é do lucro

Publicado em 02/04/2015, às 13h24   Leonardo Santana (Twitter: @leosouzasantana)


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Na manhã desta quinta-feira (2), o Sindicato dos Bancários da Bahia realizou um protesto em frente a agência do Itaú, localizada no Caminho de Areia. A manifestação se deu por conta do fechamento da unidade, que está programado para acontecer até o dia 27 de abril.

Em entrevista ao Bocão News, o presidente do sindicato, Augusto Vasconcelos, explica a situação. "O banco informou que até o dia 27 de abril vai fechar a unidade baseado numa avaliação de negócios. Isso não se justifica porque o Itaú lucrou ano passado mais de 20 bilhões de reais e não faz o menor sentido fechar este posto de trabalho e atendimento", disse.

O líder do movimento destaca ainda que todas as contas serão transferidas da agência do Itaú no Caminho de Areia para a unidade bancária da Calçada, o que vai acarretar em diversos problemas no lugar. "A medida penaliza os moradores e comerciantes da região, além dos próprios funcionários. Os atuais correntistas serão migrados para a agência do Itaú na Calçada, que já está sendo denunciada para a gente que está superlotada e não tem condições de absorver 3.500 novas contas da agência Caminho de Areia. Há um alto índicie de adoecimento, filas quilométricas e o problema vai se agravar. O Itaú revela com isso que não tem compromisso social e sua lógica é do lucro. Por trás das belas propagandas o banco, na vida real, penaliza bancários e clientes", completa.

Vasconcelos aponta que segue em negociação com a diretoria do Itaú, mas o caso parece ser irreversível. "Estamos tratando com a direção do banco para reverter, mas por enquanto é a posição da empresa. É possível que surjam outras agências fechadas, mas são rumores, nada que possamos oficializar".

Pra finalizar, o presidente do Sindicato dos Bancários relata um fato contraditório. "O sistema financeiro do Brasil somadas todas as instituições chega a mais de 60 bilhões de reais de lucro. Em compensação nos últimos 18 meses fecharam mais de 20 mil postos de trabalho", conclui.

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