Denúncia

Prefeita de Nova Redenção ignora jovens que podem perder residência estudantil

Publicado em 31/10/2015, às 09h02   Tiago Di Araujo (@tiagodiaraujo)


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A cada dia que passa, aumenta a aflição dos 27 universitários da Associação Redencense dos Estudantes (ARE) de Nova Redenção, que residem na Casa dos Estudantes, localizada no bairro do Tororó, em Salvador. Isso porque, a prefeita do município, Ana Guadalupe (PSD), já decretou a data de despejo dos jovens, que deixaram o interior para estudar na capital.
Segundo os estudantes, um comunicado foi entregue através do procurador municipal Danilo, com a triste informação de que as despesas da residência estudantil, que gira em torno de R$ 4.500,00 mensais englobando aluguel, água/esgoto e energia, só serão pagas até o dia 31 de dezembro. 
Em contato com a reportagem do Bocão News, um dos estudantes, Ronilton Almeida, afirmou que o grupo fez uma manifestação na capital baiana e foi até a casa da prefeita, no bairro da Graça, que os ignorou. "Ela nem desceu e nem apareceu para dar uma satisfação", contou. Segundo o universitário, neste sábado (31), uma nova manifestação será realizada na cidade, pois até o momento, nenhuma resposta foi dada. 
"Juntamos dinheiro, alugamos um ônibus e estamos saindo daqui de Salvador hoje à noite para fazer uma manifestação lá. Faremos nosso protesto e uma audiência pública", explicou Ronilton que afirmou ter solicitado um debate com os vereadores na Câmara Municipal. "Se não abrirem as portas da Câmara, faremos a audiência pública na frente. Temos o apoio da população", enfatizou. 
A reportagem entrou em contato com a prefeitura de Nova Redenção, mas foi informada que a prefeita não estava presente e que ninguém falaria sobre o assunto. Nesta sexta-feira (30), a reportagem tentou novamente contato com a prefeitura e também com a Câmara de Vereadores do município, mas as ligações não foram atendidas. Segundo os moradores da residência estudantil, a justificativa dada pela prefeitura para o despejo é que não há verba para ser repassada à Casa dos Estudantes.
Em uma carta pública, os estudantes demonstram a revolta e afirmam que não foram procurados pela gestão municipal em busca de encontrar uma alternativa para o não fechamento da residência. "A nossa indignação se pauta na falta de diálogo e na postura totalmente autoritária e ditatorial da atual Gestão, pois em nenhum momento houve uma reunião para ser debatido o que está acontecendo e as vias que poderíamos seguir".
Ainda de acordo com os estudantes, muitos universitários não têm condições de se manterem na capital para continuarem estudando. "Há membros da ARE que não tem alternativa assistencial alguma como moradia de parentes, ou econômica por parte de suas famílias para serem mantidos em Salvador- BA podendo assim dar continuidade aos seus estudos".
Com a atual determinação, a partir de 1º de janeiro de 2016, os universitários terão que deixar a residência, o que pode causar na suspensão dos estudos de muitos deles, que não tem como permanecer em Salvador.
Publicada originalmente dia 30 de outubro às 12h45

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