Racismo: um tabu a ser quebrado. Em pleno final de 2015, alunos da Escola Municipal de Oliveira dos Campinhos, localizada no município de Santo Amaro, mesorregião Metropolitana de Salvador, ainda sofrem com este tipo de preconceito. Quatro estudantes escreveram uma carta relatando ameaças e racismo praticadas por professores dentro da própria sala de aula.
Na carta que começou a circular nesta terça-feira (29) na página do Facebook do diretor do Grupo Gay da Bahia (GGB), Marcelo Cerqueira, como forma de denúncia aos maus tratos, os estudantes contam que são chamados de macacos, além de sofrer agressões como "cascudos" e até arremesso de piloto pelos professores.
"O professor de matemática chama os alunos de macaco, ameaça os alunos em reprovar e se alguém reclamar, não dá em nada", escreveu um dos alunos.
Um outro estudante acrescentou "os alunos do terceiro ano que estudam com a professora *** choram para não ir para a escola com medo porque a professora maltrata eles", relata.
Além das agressões, os estudantes também relataram que são humilhados quando o motorista do transporte escolar se recusa entrar com o veículo nas comunidades, parando longe do local e, fazendo com que as crianças andem mais do que devem para pegar o ônibus.
Publicada no dia 31 de dezembro de 2015, às 14h
