Fanfarras das escolas estaduais que se apresentaram no desfile cívico do 2 de Julho, data que comemora a Independência da Bahia, reivindicam do governo o pagamento pelos serviços prestados. De acordo com o movimento, ao todo, integrantes de 35 grupos de Salvador e do interior estão sendo prejudicados com o atraso.
Além das fanfarras que participaram da solenidade realizada na capital, outros grupos musicais que desfilaram no município de Cachoeira, no Recôncavo, no dia 25 de julho, também se queixam da dívida. Segundo a Associação Cultural de Bandas, Fanfarras e Filarmônicas da Bahia (ACBFFB), o valor da dívida é de R$ 5,6 mil para cada conjunto - R$ 196 mil ao todo.
"Até a presente data, a Secretaria Estadual de Educação não se posicionou e isso é uma vergonha. Já se passaram cinco meses e o Governo do Estado não dá uma posição, não conversa. A gente tenta buscar o secretário Walter Pinheiro e o mesmo não senta com a gente, não diz nada e ficamos à toa", afirmou Luís Fernando de Almeida, presidente da Associação, em conversa com o Bocão News. Questionado sobre registro do problema em anos anteriores, ele nega: "Só esse ano".
Em nota enviada ao site, a Secretaria da Educação do Estado da Bahia afirmou, sem estabelecer prazo, que está viabilizando o pagamento das fanfarras das escolas estaduais que participaram do desfile de 2 de julho.
REGENTES - As reinvindicações passam ainda pela contratação dos regentes e instrutores das fanfarras, que segundo disse Luís Fernando, trabalham de forma voluntária. "Quando a sociedade vê as fanfarras bonitas, bem organizadas nos desfiles cívicos, nas apresentações, não sabe a real situação", disse.
Em relação aos regentes, a pasta esclarece que estes atuam nas escolas estaduais como instrutores do programa Mais Educação, realizado pelo Ministério da Educação (MEC). Este programa, diz a nota, estabelece a atividade de instrutor através da Lei do Voluntariado. Ainda conforme a Secretaria, reuniões são realizadas com as associações de instrutores de fanfarras para debater o funcionamento dos grupos nas escolas estaduais.
Publicada originalmente dia 2
