Denúncia

Moradores denunciam problemas estruturais em residencial da Tenda no Subúrbio

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Empreendimento apresenta infiltrações e paredes com rachaduras; Construtora estabeleceu 'prazos para resoluções das questões'  |   Bnews - Divulgação Leitor BNews

Publicado em 14/05/2018, às 19h00   Vinícius Ribeiro


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Prestes a completar um ano de entregue, o Residencial Bellas Águas, em Plataforma, no Subúrbio de Salvador, virou sinônimo de problema para os moradores, que estão vendo o sonho da casa própria se transformar em pesadelo. Segundo relatado ao BNews, o empreendimento localizado nas proximidades de Ilha Amarela conta com infiltrações, paredes com rachaduras e desniveladas, além de áreas de convivência alagadas. 

Os problemas estruturais do residencial erguido e comercializado pela Construtora Tenda, localizado nas proximidades de Ilha Amarela, após o Cemitério de Plataforma, se evidenciaram com a chegada do período chuvoso. O vazamento provocado por uma bomba d'água danificada já motivou, inclusive, atritos com moradores de residências vizinhas ao condomínio.

O Residencial Bellas Águas é formado por 304 apartamentos, divididos em 19 torres. De acordo com os moradores, alguns dos espaços apresentados no momento da compra, a exemplo da sala de jogos, não foram entregues. Parte da área do estacionamento também foi afetada pela água parada.  

"Estamos correndo atrás do CNPJ (Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas), porque não entregam mais. O CNPJ é o pé e a mão do condomínio. A gente não consegue fazer nada sem ele. Já fizemos de tudo para conseguir, gastamos dinheiro indo para cartório e não conseguimos porque precisamos da certidão do condomínio, para provar que ele existe", conta a síndica Ana Cristina Macedo. 

Um selo no site da construtura informa que o residencial integra a terceira etapa do programa Minha Casa Minha Vida, destinado a famílias com renda entre R$ 1,2 mil e R$ 2,4 mil. 

Questionada sobre os benefícios por se tratar de um empreendimento do programa federal, a síndica critica. “Eles usam subsídio do Minha Casa Minha Vida, mas não na prática não é bem assim”, afirma, referindo-se aos altos custos mensais para cada morador, o que eleva o índice de inadimplentes. Alguns, diz ela, chegam a pagar cerca de R$700/R$800 de valor do parcelamento e taxas como condomínio.

"Para um pai de família que ganha R$ 1.300, que paga água, luz, escola de criança... fica difícil", avalia Ana Cristina, diante do custo-benefício perante os problemas enfrentados.

Conforme a administradora do conjunto, diante da reclamação, a Tenda pediu, há cerca de um mês, um prazo de 45 dias para solucionar os problemas. 

Procurada pelo BNews, a Construtora Tenda informou, por meio de nota enviada pela assessoria, "que já se reuniu com o corpo diretivo do condomínio para discutir as medidas necessárias e solucionar os apontamentos da área comum, onde já foram estabelecidos em comum acordo os prazos para resoluções das questões. A empresa afirma ainda que todos os chamados abertos por moradores na Central de Atendimento estão sendo tratados conforme garantias do imóvel". 

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