Denúncia

Recém-nascida aguarda cirurgia cardíaca e família apela por vaga: “Não deixe minha filha morrer”

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Menina sofre de cardiopatia congênita e aguarda na fila de regulação vaga em um hospital  |   Bnews - Divulgação Reprodução

Publicado em 06/08/2018, às 16h10   Shizue Miyazono


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Há nove dias, uma família luta para transferir uma recém-nascida, que sofre de cardiopatia congênita e precisa de uma cirurgia com urgência, do Instituto de Perinatologia da Bahia (Iperba) para o Hospital Ana Nery ou Santa Izabel.  Na fila da regulação, Melinda luta pela vida. Ao BNews, a mãe da menina, Michele Santana Santos explicou que conseguiu uma liminar na Justiça, na sexta-feira, em que o governo tinha um prazo de 24 horas para transferir a menina para um hospital que pudesse atendê-la, mas a ordem não foi cumprida. “No Santa Isabel tem vaga, só que como é particular, o governo não quer acatar a liminar e transferir”.

 “A gente já foi na regulação, a regulação informa uma coisa, cada pessoa diz uma coisa, um descaso total [...] Ontem à noite a própria regulação tomando conhecimento da liminar, entrou em contato com o Hospital pedindo para atualizar os dados dela. Hoje, simplesmente, eles disseram que não tinham conhecimento do caso, ou seja, cada hora é uma informação, mas tenho o protocolo de ontem que pediu para enviar um fax para o hospital e a moça me entregou o fax. A regulação não está nem aí”, desabafou Michele.

O pai da menina gravou um vídeo desesperado pedindo ajuda para conseguir transferir a filha. “Estou aqui com a liminar do juiz, que ela tem que ser transferida urgente para qualquer unidade do SUS ou particular, que o caso dela é de urgência e até agora ninguém fez nada. Minha filha está toda inchada, minha filha está morrendo e ninguém faz nada. Alguém me ajude, não deixe minha filha morrer”. 


Enquanto aguarda a transferência da filha, o casal vê o quadro de saúde da menina piorar. De sábado para domingo, os batimentos cardíacos de Melina ficaram mais fortes e foi necessário entrar com outra medicação.
 “Ela está fazendo uso de duas medicações muito forte, não pode ficar tomando por muito tempo e é uma medicação contínua que ela está tomando”, explicou a mulher.

A Secretaria de Saúde do Estado (Sesab) afirmou que a Central de Regulação está buscando um leito especializado para transferir Melina, mas “por enquanto ainda não surgiu a vaga”.

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