Moradores denunciam retirada de árvore para obra irregular em centro comercial da Pituba; Sedur interdita local

Mais de quatro meses fechados por conta da pandemia, os bares e restaurantes de Salvador se aproximam de uma possível reabertura após a estabilização dos leitos de UTI. A Rua Guillard Muniz, no bairro da Pituba, conhecida pela badalação da noite, tem sofrido modificações nos calçadões que abrigam um dos mais movimentados bares do local. 

Moradores acusaram que o proprietário do estabelecimento está fazendo a reforma por conta própria e registraram vídeos e fotos sobre o caso. Nas imagens, é possível ver o calçadão retirado e homens trabalhando, além de árvores que tinham no local, foram retiradas recentemente e os denunciantes afirmam que é “para ter mais espaço para as mesas”.

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A Secretaria de Desenvolvimento e Urbanismo (Sedur) foi ao local na manhã desta segunda-feira (20), após tomar o conhecimento da denúncia e embargou a obra, além de interditar o estabelecimento. A reforma é capitaneada pelo dono do centro comercial Esquina do Parque, que abriga imobiliária, bares, entre outros tipos de lojas.  

Ao BNews, Sérgio Guanabara informou que o centro comercial estava trabalhando com a instalação de novos pisos e proteções para veículo, no entanto, eles não tinha autorização para derrubar as árvores. "Mesmo que na próxima sexta-feira, seja reaberto os estabelecimentos em Salvador, eles não serão integrados nessa regra, por infringir a lei em suprimir duas ou três arvores sem autorização da prefeitura. Serão autuados com pagamento de multa e só vão funcionar a partir do momento que for superada essa questão ambiental com o replantio", esclareceu. 

Guanabara avaliou que a multa poderá chegar a R$ 100.000,00 e classificou como 'absurda' a derrubada das árvores. "Consta no Plano Diretor de Arborização Urbana, que tenha árvores plantadas nas calçadas e será aplicado isso. Foi um ato irresponsável e o proprietário vai ter que arcar com as contrapartidas que a lei determina", finalizou. Ainda conforme o gestor "a Calçada não precisa de licença, mas a derrubada das ávores é um ato criminoso"