Denúncia

Obra no Conselho de Medicina Veterinária causa transtornos a moradores da Federação, em Salvador

Leitor BNews
Eles reclamam que o barulho não para no horário do almoço e, aos finais de semana, começa às 8h e chega a ir até às 15h  |   Bnews - Divulgação Leitor BNews

Publicado em 03/02/2021, às 18h25   Márcia Guimarães


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Moradores do edifício Mirante de São Lázaro, na Federação, procuraram o BNews para denunciar que sem poder descansar direito há cinco meses por causa de uma obra que está sendo realizada no Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado da Bahia. Eles reclamam que o barulho não para no horário do almoço e, aos finais de semana, começa às 8h e chega a ir até às 15h.

“É um barulho muito forte! Já fiz várias queixas na prefeitura, mandei email para o Ministério Público, mas até agora nada. A prefeitura diz que vai mandar equipe, mas ninguém aparece. Aqui há diversos idosos, crianças, mulheres grávidas. Tem dias que a gente não consegue dormir com o barulho da serra elétrica e do martelo. Nem no final de semana a gente descansa”, relatou o morador Aldo Andrade. 

O Conselho na fica Rua Professor Aristides Novis. O morador diz que já pediu aos encarregados e aos operários para corrigirem os horários de trabalho, mas também não foi atendido.  

A Secretaria de Desenvolvimento Urbano (Sedur) informou ao BNews que encaminhará uma equipe de fiscalização de combate à poluição sonora ao local para tomar as medidas necessárias. “As ações da pasta são respaldadas pela Lei Municipal nº 5354.98 que disciplina as atividades sonoras no município de Salvador. A Lei estabelece os níveis e horários para emissão de sons e ruídos. São 60 decibéis (dB), entre 22h e 7h, e 70 dB das 7h às 22h”, esclareceu a Sedur.

O Conselho Regional de Medicina Veterinária alegou que a obra de reforma da sede, iniciada em agosto de 2020, segue o projeto licenciado junto à prefeitura de Salvador no que diz respeito ao prazo de execução e que, “em momento nenhum, recebeu qualquer notificação dos vizinhos relatando incômodos com a movimentação e rotina dos trabalhadores, tendo conhecimento de tal fato apenas pela reportagem”.

Em relação aos horários, a entidade afirmou que os trabalhadores da obra cumprem jornada estabelecida para a categoria e pela empresa contratada, em horário comercial, de segunda a sexta-feira. “Eventualmente, os trabalhos ocorrem aos sábados, e apenas uma vez em todo o período foram realizadas atividades no domingo, não havendo, portanto, inconformidade ou irregularidade com os horários nos quais o trabalho é realizado. De todo modo, a comissão designada para acompanhar o processo fiscaliza diariamente os trabalhos para evitar excessos que comprometam o silêncio dos moradores e o atraso no calendário da reforma que tem previsão de conclusão para abril de 2021”, acrescentou.

O conselho também avisou que membros da Comissão irão procurar a vizinhança para verificar o desconforto e encontrar uma maneira de seguir com a reforma sem gerar maiores incômodos.

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