Loja de roupas é acusada de aplicar golpes no Instagram

Hoje em dia é muito comum ver lojas vendendo seus produtos nas redes sociais. As plataformas digitais se tornaram uma ferramenta de impulsionamento nos negócios de muitos comerciantes. Porém, em meio a isso, alguns golpistas estão se aproveitando para atrair vítimas no mundo virtual.

Uma dessas vítimas foi a dona de casa Nadiere Barbosa, que entrou em contato com a reportagem do BNews para denunciar o caso. Moradora da cidade de Conde, no interior da Bahia, ela teve prejuízo ao "efetuar uma compra" em uma loja virtual, através do perfil no Instagram.

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A baiana se sentiu atraída pelas ofertas tentadoras da Boutique Moda Feminina, que apesar de descrever ter sede em São Paulo, prometia envio grátis das mercadorias para todo o Brasil. Acontece que o endereço informado, na Rua Ana Tenório, nº 300, no bairro do Brás, na capital paulista, não é encontrado em busca na internet, e até mesmo o CNPJ que consta no site da loja, não está válido junto à Receita Federal.

Infelizmente, essas observações só foram feitas por Nadiere após ter se dado conta que poderia ter caído em um golpe. Após o pagamento, no valor de R$ 35,98, onde chegou a receber e-mail de confirmação do pedido, a dona de casa não recebeu mais informações sobre a compra com a loja. "Chegou um e-mail dizendo que ia mandar (o produto), mas até hoje nada".

"A gente passa mensagem, não responde, está tudo bloqueado".  As mensagens pelo WhatsApp foram ignoradas e as ligações foram encaminhadas para caixa postal, assim como as tentativas de contato feitas por nossa reportagem.

Diante do ocorrido, Nadiere registrou um boletim de ocorrência e reclamação junto ao Procon, de forma online. Em busca de tentar resolver o prejuízo, ela percebeu que o golpe era aplicado em diversos clientes, de diferentes cidades do Brasil. "Tem gente que já tem mais de um mês e tempo maior e nunca chegou. São várias pessoas. E a loja está ativa, com quase 6 mil seguidores e mais pessoas estão caindo no golpe".

A técnica de laboratório, Tayane Almeida, do Rio de Janeiro, foi mais uma vítima da loja golpista. O prejuízo dela foi ainda maior, no valor de R$ 98, através de compra efetuada pelo cartão de crédito, que tenta cancelar junto à operadora. Assim como fizeram com a baiana, com ela também não responderam mais as mensagens depois do pagamento aprovado.

"Nunca mais. Sumiu. Ainda tem o número do pedido, mas não dá para rastrear o produto. Deve ser fictício", disse à reportagem do BNews ao contar como percebeu o golpe. "Eu vi que era golpe quando fui ver que não tinha comentários (nas publicações do Instagram)". Inclusive, o perfil da loja já mudou de nome nove vezes desde outubro do ano passado.

Sem contato, a única informação que algumas vítimas têm da loja é o nome do titular de uma conta, no Mercado Pago, utilizada para receber os pagamentos via pix.