Cinco meses de novo mandato e nada para o Salvamar

Nesta quinta-feira (03), o Sindicato dos Servidores da Prefeitura de Salvador (Sindseps) divulgou nota atestando a situação precária em que estão trabalhando os profissionais do Salvamar. No dia 10 de janeiro deste ano, o Bocão News já havia antecipado as denúncias que vão de salários defasados a falta de materiais imprescindíveis para o exercício da profissão.

Atualmente, Salvador tem apenas 269 salva-vidas divididos em dois grupos que trabalham em 15 km de praias que corresponde ao trecho que vai de Jardim de Alah a Ipitanga. O sindicato reclama que o efetivo é pouco e não há cobertura fora desse trecho. Além disso, o salário dos trabalhadores é de R$ 580 mais 33% apenas para os que trabalham 40 horas.

“O que vemos é descaso com a nossa profissão e com as nossas condições de trabalho. A gente é transportado para praia junto com o material, tudo entulhado. Não temos Kombis suficientes e as que temos estão em péssimo estado: enferrujadas, com folga na direção, sem freios, pneus carecas. Já teve Kombi que o volante soltou!”, denuncia o salva-vidas Marcus Rodrigues, que há 5 anos trabalha na área. O profissional lembra também que não há um centro de treinamento adequado com sala de musculação e piscina para os salva-vidas se manterem em boas condições físicas para o trabalho.

A reportagem tentou falar com a secretária da Ordem Pública, Rosemma Maluf, mas ela não atendeu às chamadas, pois estava em uma reunião com o prefeito ACM Neto (DEM). Em janeiro, a secretária afirmou estar fazendo um levantamento das demandas do Salvamar e ainda não há a informação de avanços para a categoria.