Denúncia

Após denúncias de maus tratos em zoológico, deputados se mobilizam

Imagem Após denúncias de maus tratos em zoológico, deputados se mobilizam
Coordenador será chamado para esclarecer irregularidades  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 06/11/2014, às 11h55   Terena Cardoso (Twitter: @Terena_Cardoso)


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O deputado estadual e titular da comissão do Meio Ambiente, Seca e Recursos Hídricos, Marquinhos Vianna (PV), disse ao Bocão News, na manhã desta quinta-feira (6), que o coordenador do zoológico de Salvador já havia sido chamado para debater as condições em que os animais do local são abrigados. Na edição do jornal Tribuna da Bahia de hoje, consta uma matéria com uma série de denúncias contra o local, entre elas, a de que animais como Mico-Leão-Dourado estariam trancafiados em gaiolas proporcionais a passarinhos. Em resposta, o Inema, que coordena o zoológico, negou as informações. 
“Ele foi chamado pouco antes das eleições, mas como entramos em campanha não o recebemos. Na próxima quarta-feira (12) teremos nova reunião e ele será chamado”, garante o deputado.

Na reportagem, uma fonte não identificada, relata que além dos maus tratos aos animais, a coordenação do local agredia o meio ambiente ao enterrar os animais mortos em um local clandestino, o que afetaria os lençóis freáticos da região. De acordo com o Inema, o último animal morto enterrado no zoológico de Salvador foi em 2008. Além disso, a coordenação estaria usando o espaço, que é de propriedade do Estado, para ministrar cursos de manejo de répteis no valor de R$ 400. Quanto a isso, foi aberto um processo administrativo que ainda está sendo investigado. 

Em contato com o Inema, o Bocão News pediu informações a respeito das denúncias e alguns números, como a quantidade de animais no zoológico e servidores responsáveis. A reportagem foi orientada a encaminhar um email, que até o fechamento desta matéria não foi respondido. 


Vereador denuncia irregularidades ao MP-BA
O deputado estadual eleito, Marcell Moraes (PV), já havia denunciado irregularidades detectadas por ele e sua equipe ao Ministério Público da Bahia (MP-BA) e ao Inema, mas afirma que nunca houve qualquer resposta do órgão.

“É preciso que se refaça esse modelo de zoológico aqui em Salvador e que o interdite o quanto antes. Os animais podem viver soltos. Esse modelo que temos em nosso estado é altamente incompreensível. Em outros países do mundo os animais ficam soltos e os visitantes entram em um carro. Aqui eles são mantidos enjaulados”, diz. 

Ainda para Marcell, o zoo muda os hábitos naturais dos animais. “A coruja, por exemplo, tem hábitos noturnos e a visitação é de dia. A vida desses animais é muito sofrida”, acredita. 

Fotos: Gilberto Júnior // Bocão News

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