Denúncia

Boteco do Caranguejo: clientes acusam conta errada e bar bota polícia na cola

Imagem Boteco do Caranguejo: clientes acusam conta errada e bar bota polícia na cola
Procon diz que estabelecimento não pode constranger o consumidor  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 10/11/2014, às 10h33   Redação Bocão News (Twitter: @bocaonews)


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Por pouco um grupo de amigos não foi parar na delegacia após um impasse com a gerência do Boteco do Caranguejo na Barra, na noite de domingo (9). Ao receberem uma conta que não condizia com os itens consumidos, os clientes tentaram negociar com a gerência. Não havendo acordo, pagaram o que acharam ter comprado e saíram do estabelecimento.
Mais adiante, o gerente abordou o grupo na companhia de três seguranças e uma guarnição da polícia militar. Segundo um dos clientes, que preferiu preservar a identidade, houve discussão e constrangimento. “Me senti humilhado, um ladrão. Ele não aceitou negociar lá dentro, nos impôs um valor incorreto e depois nos pressionou com a presença dos seguranças e da polícia. Um extra de R$ 60 morreu em R$ 40 depois de muito custo. Nunca passei por isso na minha vida”, afirma. 
Ainda de acordo com o consumidor, eles vinham sendo mal atendidos desde que sentaram a mesa. “Uma roska demorava mais de uma hora para chegar. Pedimos uma parcial e os nossos amigos que foram embora pagaram quase o valor todo do que consumiram e na conta final eles cobraram itens a mais. Foi um absurdo atrás do outro. E na hora que chamaram a polícia, voltamos ao bar sendo escoltados pelos seguranças dele para pagar o acordado. Todo mundo na rua olhando pra gente, foi horrível”, conta.
Para Ângelo David, dono do Boteco do Caranguejo, o gerente agiu corretamente. “O estabelecimento pode ter errado? Pode. Mas isso tinha de ser discutido lá dentro. Porque os clientes não chamaram a polícia? O que não pode é sair pagando o que acha que deve”, acredita. Disposto a resolver o caso, Ângelo prometeu apurar o acontecido e conversar com seu funcionário. “Mas pelo o que vocês estão me dizendo, não acho correto. Você não sai de nenhum estabelecimento que consumiu sem pagar. Você tem que discordar no lugar e não fora”, diz. 

O que diz o Procon 

Ricardo Maurício, Superintendente do Procon-BA, lembra que uma vez os fatos relatados sendo verídicos, o gerente não teria agido corretamente. Quando o cliente alega que a conta veio com itens a mais, isso deve ser discutido sem que haja qualquer tipo de constrangimento físico ou psíquico. “O gerente deveria ter buscado o diálogo com o consumidor, sem constrangê-lo. Vale ressaltar, que se houve uma discrepância no valor da conta, o fornecedor é obrigado a retificar imediatamente qualquer cobrança indevida”, afirma. 
Ainda de acordo com o superintendente, caso o consumidor tenha razão, o estabelecimento é obrigado a ressarcir em dobro o valor cobrado indevidamente. Para isso, deve-se buscar auxílio na delegacia do consumidor, na rua Carlos Gomes, ou registrar uma queixa formal no Procon. A denúncia pode ser feita presencialmente, no 3º andar do PROCON, na Secretaria da Justiça Cidadania e Direitos Humanos da Bahia, 4ª Avenida n 400 - 1º andar – CAB, pelo telefone (71) 3322-5275 ou pelo e-mail [email protected]

Classificação Indicativa: Livre

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