Denúncia

Mãe denuncia escola particular que recusou aluno com TDAH: "cota está cheia"

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Na postagem, diversas pessoas se solidarizaram com a situação  |   Bnews - Divulgação Reprodução/Google Street View

Publicado em 10/02/2022, às 16h55 - Atualizado às 17h20   Samuel Barbosa


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Uma mãe usou as redes sociais para denunciar o tratamento que sua família recebeu na Escola Adventista de Praia Grande, no Subúrbio Ferroviário de Salvador, ao tentar matricular seu filho de seis anos na última quarta-feira (2). Sheila Natalie disse que esteve na instituição acompanhada do esposo e o filho, mas ficou “indignada” com o desfecho da situação.

Ela conta que inicialmente foram bem recepcionados e informados de que teriam que passar por algumas etapas para finalizar a matrícula. "Passamos pela primeira sala, deixamos contatos, respondemos algumas perguntas, fomos direcionados ao financeiro onde fomos informados sobre valores, formas de pagamento etc. Até aí tudo certo, após isso fomos para secretaria onde nos fizeram mais algumas perguntas de costume e nos deram algumas listas referentes a documentos, materiais, etc, tudo tranquilo até aí", conta.

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A mãe relata que na sala da coordenadora pedagógica colocaram o garoto sentado, deram papel e lápis, e pediram que ele desenhasse enquanto algumas perguntas eram feitas para seu esposo.

"Acabando entrevista e depois de termos passado quase duas horas nesse trâmite ela nos disse que infelizmente não tinha a vaga. Eu disse 'como assim, tinha vaga e agora não tem mais?' Ela concluiu e disse que se surgir uma vaga entraremos em contato. Demonstrei total insatisfação porque as coisas pareciam não estarem tão transparentes".

Na sequência, Sheila disse que a coordenadora pediu para que seu marido saísse da sala com o garoto, pediu compreensão e disse que o menino não se encaixava no perfil.

A mãe alega que em nenhum momento foi questionada pelas funcionárias da escola se o aluno era portador de alguma condição especial. "O meu filho tem autismo leve e tem TDAH. [a coordenadora] prejulgou e decidiu o destino dele? Ela finalizou assim: pois bem nossa cota já está cheia para alunos especiais".

Na postagem, diversas pessoas se solidarizaram com a situação. "Tava pensando em colocar meu filho de 8 anos aí, ele também tem TDAH, graças a Deus desisti. O surto que eu ia ter ouvindo isso não tá escrito", disse uma seguidora.

Outra ofereceu apoio. "Caso deseje entrar com um processo judicial , por favor, me procure. Acontecimentos como esse não podem nem deveriam acontecer. Medidas legais podem e devem ser tomadas". "Tinha outra visão da Esola Adventista", publicou outra seguidora. 

Procurada por nossa reportagem, a escola afirmou que a instituição vai se manifestar por meio do departamento jurídico nas redes sociais. 

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