Denúncia
Publicado em 02/04/2024, às 23h22 - Atualizado às 23h45 Redação BNews
Enfermeiros que trabalharam no antigo Hospital Riverside, em Lauro de Freitas - que serviu para atender pacientes na época da pandemia de covid-19, em 2020 - procuraram a reportagem do BNews nesta quinta-feira (28) para denunciar que não receberam a rescisão trabalhista, prometida desde outubro de 2023.
Em contato com a reportagem, uma enfermeira, que não quis ser identificada, relatou que trabalhava no Riverside na época da pandemia. Em outubro de 2023, no entanto, os funcionários foram informados que seriam transferidos para o Hospital Estadual 2 de Julho, o antigo Hospital Espanhol, localizado na Barra, em Salvador, administrado pela Fabamed. Para isso, a gestão realizou uma quebra de contrato e, consequentemente, uma rescisão trabalhista que, segundo relato, não foi paga até hoje.
"O hospital fechou, fizeram uma quebra de contrato e realocaram a gente para a nova unidade. Quem queria vir, veio trabalhar aqui [no 2 de Julho]. Deram baixa em nossas carteiras e nos transferiram, mas não pagaram a rescisão até hoje. Quando a gente vai perguntar, respondem com grosseria, uma ignorância. A gente liga, eles desligam o telefone, tiram o telefone do gancho", disse.
Além do problema da rescisão, a enfermeira contou que sofre também com atraso de salário e falta de repasse dos valores referentes ao retroativo salarial. "A genter fica de braços cruzados. Quem tem apenas um vínculo, fica à mercê deles, pois pagam quando querem. A gente sofre humilhação", completou.
O BNews procurou a Secretaria de Saúde do Estado (Sesab) e a Fabamed, responsável pela administração do Hospital 2 de Julho, para responder aos questionamentos da reportagem sobre o atraso do pagamento da rescisão e de salário.
Em nota, a Sesab informou que as atividades do Hospital Riverside foram encerradas em 2 de agosto de 2023 a fim de que a unidade passasse por uma completa reforma e requalificação. A entidade responsável pela gestão do hospital à época realizou a rescisão de todos os funcionários que não foram realocados para uma nova unidade hospitalar, assegurando as devidas garantias trabalhistas.
Ainda segundo a nota, os trabalhadores transferidos receberam os recursos do fundo de garantia e a multa referente ao FGTS, além de estarem recebendo seus proventos rigorosamente em dia. No que tange ao 13º salário e proporcional de férias desses funcionários que foram realocados, a Fundação Fabamed mantém diálogo permanente com o sindicato e o TRT-BA, com sinalização de acordo e pagamento a partir deste mês. Em paralelo, ainda este mês a Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab) finaliza a análise do processo que avalia o valor residual a ser pago referente ao término do contrato indenizatório com a Fundação Fabamed.
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