A presidente Dilma Rousseff (PT) se antecipou à aprovação da admissibilidade do processo se impeachment no Senado que a afastará das funções por até 180 dias e fechou a equipe que vai acompanhá-la neste durante o período em que o Senado julga de fato o processo de impedimento.
Em reunião com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, com o chefe de gabinete Jaques Wagner e outros ministros, Dilma definiu uma lista de 12 nomes para compor o “gabinete” que despachará no Palácio da Alvorada. Dentre eles Gilles Azevedo, Sandra Brandão e Éden Valadares, chefe-de-gabinete do ministro Wagner.
Do Alvorada será construída uma agenda política que inclui reuniões com setores da sociedade civil, participação nas mobilizações dos movimentos sociais, palestras em universidades e encontros com partidos e parlamentares. A ideia é manter uma agenda de denúncia daquilo que consideram um golpe, com ações judiciais dentro e fora do Brasil, como na OEA e na CIDH, além de intensa mobilização e diálogo com setores da sociedade, em todos os estados.
Jaques Wagner não ocupará nenhum cargo oficial nesta fase, contudo, ainda não está descartada a possibilidade de assumir a presidência nacional do PT.
Publicada originalmente às 21h do dia 11 de maio
