Direto de Brasília

Advogados de Temer pedem mais tempo para responder a PF

Publicado em 06/06/2017, às 17h40   Luiz Fernando Lima


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Os advogados do presidente Michel Temer (PMDB) pediram mais tempo ao Supremo Tribunal Federal (STF) para responder às 82 perguntas enviadas pela Polícia Federal ao peemedebista na última segunda-feira (6). A estratégia de postergar já havia sido definida na noite de ontem e traz duas implicações: caso seja aprovada, ganha-se tempo até que o julgamento no TSE seja iniciado de fato; caso reprovado ganha-se o argumento para não responder.
Com o núcleo governista cada vez mais cercado – a prisão de Henrique Eduardo Alves foi sentida – Temer e seus aliados apostam suas fichas no pedido de vistas de algum dos ministros do Tribunal. Não se fala abertamente, mas todos aguardam como votarão Admar Gonzaga e Tarcísio Vieira, ambos indicados pelo atual presidente aos assentos que ocupam no TSE.
Em outra frente, o governo atual para que os trabalhos na Câmara dos Deputados e no Senado continuem acontecendo para dar sinais de que não há fragilidade, contudo, nos bastidores corre a versão de que tanto Rodrigo Maia (DEM-RJ) quanto Tasso Jereissati (PSDB-CE) representam o mesmo espectro político e, portanto, as reformas não levam o carimbo exclusivo de Temer.
A aprovação da reforma trabalhista na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado nesta terça é tida como prioridade. Ameaçados, os governistas conseguiram fazer como que três senadores não viessem para votação: Omar Aziz (PSD-AM), Vicentinho Alvez (PR-TO) e Sérgio Petecão (PSD-AC).
A prisão do deputado federal Celso Jacob (PMDB-RJ) na chegada ao aeroporto de Brasília na tarde desta terça também contribuiu para deixar o clima de apreensão ainda mais elevado. No entanto, no que se refere ao julgamento até representantes da oposição avaliaram que o ambiente não está inflamado.
O deputado federal Waldenor Pereira (PT-BA) diz que isso é normal. “Brasília tem disso. Vai pegando pressão conforme a semana avança. Amanhã estará mais forte que hoje e quinta ainda mais”.

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