Direto de Brasília

Ovacionado, Bolsonaro faz discurso e fala sobre libertação do socialismo

Marcelo Camargo/Agência Brasil
Bolsonaro falou que o Brasil tem riquezas minerais e terras férteis, e que foi eleito com a "campanha mais barata da história".  |   Bnews - Divulgação Marcelo Camargo/Agência Brasil

Publicado em 01/01/2019, às 17h01   Agência Brasil e Redação BNews


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Logo após receber, às 17h,  a faixa presidencial de Michel Temer, o presidente Jair Bolsonaro discursou no parlatório do Palácio do Planalto, de frente  para o público que lotava a Praça dos três Poderes. Recepcionado aos gritos de "mito" e "o capitão chegou", Bolsonaro propôs a criação  de um "movimento para restabelecer padrões éticos e morais que transformarão nosso pais". Ele defendeu ainda que "a corrupção, os privilégios,as vantagens, os favores politizados, partidarizados" acabem e fiquem "no passado para que o governo e a economia sirvam de verdade para a nação".

"Não podemos deixar que ideologias nefastas venha a dividir os brasileiros. Ideologias que destroem nossos valores e tradições. Ideologias que destroem nossas famílias, alicerces da nossa sociedade. Convido a todos para iniciarmos um movimento neste sentido. Podemos eu, você e nossas famílias, todos juntos, restabelecer os padrões éticos e morais que transformarão nosso Brasil", afirmou.

A primeira frase do presidente para seus apoiadores  foi: "este momento não tem preço, servir a pátria como chefe do Executivo". Em seguida, prometeu "fazer o Brasil ocupar o lugar que merece no mundo e trazer paz e prosperidade para todos."  O momento mais aplaudido de seu discurso de improviso ocorreu logo em seguida, quando Bolsonaro proferiu a seguinte frase: "O  povo começou a se liberar do socialismo". E continuou: " Se libertar da inversão de valores, do gigantismo estatal e do politicamente correto", sendo novamente muito aplaudido. Bolsonaro concluiu esse trecho de sua fala dizendo que a eleição deu voz a quem não era ouvido e que a voz das ruas e das urnas foi muito clara.

Ele assegurou que fará as mudanças pleiteadas pela maioria,  respeitando os princípios do estado democrático e a Constituição. Bolsonaro destacou ter sido eleito "com a campanha mais barata da história" e voltou a prometer um "governo sem conchavos e sem acertos politicos". Disse que o "time de ministros" está qualificado para transformar o país, colocando os interesses dos brasileiros em primeiro lugar. Disse que esse era o "propósito inegociável" de seu governo.

Combate ao desemprego - Pela primeira vez, o presidente mencionou a necessidade de combater "o desemprego recorde" na economia. Ele defendeu que os brasileiros tenham direito a uma vida melhor e a um  governo honesto e eficiente, que não crie "pedágios e barreiras". Voltou a dizer que vai desburocratizar o Estado e  melhorar a infraestrutura do país. Bolsonaro reiterou que quer " acabar com ideologia que defende bandidos e criminaliza policiais".

Prometeu ainda  garantir "a segurança das pessoas de bem e do direito de propriedade e da legitima defesa" e avisou que a educação básica será priorizada. Ao finalizar seu discurso,  mostrou uma bandeira do Brasil e disse: "Eis a nossa bandeira que nunca será vermelha. Se for preciso (daremos) o nosso sangue para mantê-la verde e amarela."

Posse ministros

Após discursar no Palácio do Planalto, o presidente Jair Bolsonaro recebeu os cumprimentos de líderes estrangeiros que estiveram presentes na cerimônia, incluindo o primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu. Em seguida, deu posse a sua equipe de 22 ministros.

Público

O GSI (Gabinete de Segurança Institucional) estimou um público de 115 mil pessoas na Esplanada dos Ministérios para a posse do presidente Jair Bolsonaro.

O número é abaixo da estimativa do Palácio do Planalto, que contava com participação de 500 mil pessoas.

Michele Bolsonaro

A primeira-dama da República, Michelle Bolsonaro, quebrou o protocolo cerimônia de posse do presidente Jair Bolsonaro (PSL) ao discursar no Planalto antes do marido nesta terça-feira (1º). Ela fez um discurso em libras, com tradução simultânea, e beijou o marido durante a cerimônia após pedidos da plateia.

Michelle fez todo o seu pronunciamento na linguagem de sinais e contou com a ajuda de uma tradutora. Durante a fala, o público presente pediu que ela beijasse o marido. Ela então fez uma pausa e atendeu a reivindicação dando dois 'selinhos' no marido.

O gesto foi celebrado pelos apoiadores do presidente presentes na Praça dos Três Poderes que vibraram bastante com o gesto de afeto. Um grupo puxou o coro com o nome da primeira-dama e rapidamente toda a multidão acompanhou. Uma senhora se disse extremamente emocionada com a quebra de protocolo e desabou em choro no ombro do marido.

Quando Michelle chamou o marido de presidente e o beijou no parlatório, convidados dentro do salão nobre do Planalto aplaudiram os gestos.

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