Economia & Mercado

Petrobras assume dívidas de pelo menos quatro empresas

Publicado em 27/12/2014, às 20h10   Redação Bocão News (Twitter: @bocaonews)



Para evitar a quebradeira no setor de óleo e gás e manter a política de uso de conteúdo nacional, a Petrobras está assumindo pagamentos a fornecedores devidos por firmas com as quais mantém contratos, inclusive três envolvidas na operação Lava Jato, da Polícia Federal. Paralelamente, a estatal procura maneiras de encerrar os contratos vigentes com as companhias que estão inadimplentes.
Segundo reportagem do jornal “Folha de S.Paulo”, a Petrobras está agindo dessa forma em pelo menos quatro casos distintos: no consórcio UFN III (planta de fertilizantes), da Galvão Engenharia; no projeto Charqueadas, do estaleiro Iesa; no consórcio Integra, da Mendes Júnior; e na fabricação de 17 barcos de apoio, da Brasil Supply. Apenas esta última não está envolvida na Lava Jato e deve ser a única a não ter o contrato quebrado.
Embora todas estejam inadimplentes com seus fornecedores, apenas as três primeiras estão tendo seus contratos encerrados.
Para evitar a falência desses fornecedores, a estatal montou uma operação financeira chamada “conta vinculada”, na qual realiza o pagamento que as companhias maiores deveriam fazer às menores, mas de forma a garantir que as grandes não coloquem as mãos no dinheiro.
A “Folha” teve acesso a um relatório da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas (Abimaq) que aponta uma dívida de pelo menos R$ 27 milhões de todas as empreiteiras cujos contratos foram revisados ou tiveram aditivos bloqueados pela Petrobras. O montante, referente a dívidas com fornecedores de máquinas e equipamentos, engloba 28 casos de empresas ou consórcios – em alguns casos, o atraso chega a mil dias. Mas o número ainda pode ser maior.

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