Economia & Mercado

Gaspetro quer vender 49% de participação na Bahiagás e governo contesta

Publicado em 16/10/2015, às 13h08   Aparecido Silva (Twitter: @CydoSylva)



A intenção que a Gaspetro tem em vender seus 49% de participação na empresa de distribuição de gás da Bahia, a Bahiagás, tem rendido discussões dentro do governo estadual. A empresa estatal é formada por participações do governo, 51%, e da Gaspetro com a japonesa Mitsui, que respondem por 49%. Nessa conjuntura, o estado indicava a presidência, a Mistui o diretor financeiro e a Gaspetro, o diretor técnico.

Com a possível venda da parte da Gaspetro à Mitsui, segundo o secretário de Infraestrura da Bahia, Marcos Cavalcanti, o grupo teria direito a indicar dois cargos, o que quebraria o equilíbrio. “Essa estrutura foi criada para garantir às duas empresas que o governo não iria operar a Bahiagás como uma estatal. Mas hoje, com a possível venda da Gaspetro, segundo anúncio feito ao mercado, com a Mitsui como compradora, a Mitsui seria sócia das duas partes. Então, ela teria um poder muito maior do que o original previsto. Esse poder poderia distorcer o trabalho da empresa, que é do estado, e está muito preocupada em trazer o desenvolvimento econômico e social. Não simplesmente arrecadar dividendos.

“A empresa hoje consegue investir R$ 80 milhões por ano, está trabalhando no gasoduto do oeste, ampliou as ligações domiciliares nos últimos oito anos de três mil para 34 mil e mesmo assim tem distribuído R$ 110 milhões aos acionistas. Nossa preocupação é vir a ter uma empresa que só pensa em lucro”, contextualizou Cavalcanti em entrevista ao Bocão News nessa sexta-feira (16).

Segundo Luiz Gavazza, presidente da Bahiagás, o governo fez uma notificação às duas sócias, pois a aquisição da subsidiária pela empresa japonesa desequilibraria o acordo de acionistas, que diz ser do estado o “direito de indicar cargos comissionados por ser detentor do monopólio de distribuição do gás natural no estado”.

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