Economia & Mercado

VIIª Expomandioca é debatida em Santo Antônio de Jesus e segue até domingo

Imagem VIIª Expomandioca é debatida em Santo Antônio de Jesus e segue até domingo
Agricultores querem fortalecer o cultivo e disputar mercado   |   Bnews - Divulgação

Publicado em 25/08/2011, às 17h50   Redação Bocão News


FacebookTwitterWhatsApp

A abertura do Fórum dos Secretários de Agricultura do Recôncavo na manhã de hoje (25) em Santo Antônio de Jesus, a 187 quilômetros de Salvador, aconteceu com alguns atrasos.  Chove muito na região e muitos dos participantes tiveram que driblar os imprevistos para poder conseguir chegar à cidade.

Os debates foram iniciados com certo tom de insatisfação. Os produtores que lidam e vivem do cultivo e manejo da raiz, assim como os representantes das cooperativas que trabalham com a mandioca, se mostraram interessados em investimentos no setor e esquecer de uma vez por toda a tão conhecida ‘revitalização’ da produção.

Durante mais de três horas o foco das discussões foi tentar entender os motivos que impedem que a Bahia dispute mercado com o Paraná, que detêm 70% da produção no país, e MG como segundo entre os maiores produtores. A insatisfação teve apoio do Secretario de Agricultura, Comércio, Indústria e Meio Ambiente, Edson Diniz, que acredita que o caminho para o reconhecimento ainda é capacitar os produtores e agricultores da região.

Depois de ouvir a platéia e num tom de líder do movimento que pensa em fortalecer a fonte de renda de milhares de famílias da região, Diniz saliento: “Nunca se falou tanto de mandioca como nos últimos sete anos. Temos que parar de fazer de conta com a agricultura. É necessário acordarmos para o investimento da raiz e valorizar o produto em todo seu processo de cultivo até chegar a mesa do consumidor”.

Contando com representantes de estados vizinhos como Sergipe, Alagoas, Minas Gerais, RJ e até interessados do Mato Grosso, Goias e Pará, que são os maiores plantadores da raiz, a reunião conseguiu prender a atenção quando a maioria defendia formas de mecanismos para incentivar e promover a mandiocultura no município e dar créditos ao trabalhador do campo. Um dos assuntos que abriu espaço para a manifestação da platéia foi a situação das casas de farinha. Todos foram unânimes em afirmar a necessidade de criar programas com foco na higienização e condições de trabalho da mão de obra. 

Para o pesquisador da Embrapa, Carlos Estevão Leite Cardoso, a hora é de pensar no mercado lá fora. Por duas horas ele falou da importância da comercialização da mandioca em embalagens e fomentar a gastronomia do País. “O que temos de buscar é a venda de forma segura. A certificação de identidade geográfica deve ser encarada e buscada para valorizar a farinha de copioba, que é um produto presente na cesta básica da maioria dos brasileiros”.

Amanha (27) os trabalhos deverão girar em torno do Iº Seminário de Agricultura Familiar, com o tema ‘Mandioca - alternativa de negócios bem sucedidos’. Como a Expomandioca foi instala numa área de 22mil m² distribuída em 300 estandes, os debates reúnem representantes da Embrapa, Ceplac, Inpev, Sebrae,  Petrobras, Banco do Nordeste, UFRB - Cruz das Almas e diversos  órgãos do Estado.

Foto: divulgação

Classificação Indicativa: Livre

FacebookTwitterWhatsApp