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Diretora da agência que rebaixou Brasil diz que nota não deve mudar nos próximos 12 meses

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Trajetória das contas públicas é a principal fraqueza do país   |   Bnews - Divulgação REUTERS/Shannon Stapleton

Publicado em 13/01/2018, às 13h16   Redação BNews


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A diretora da agência internacional de risco Standard&Poor's (S&P), que rebaixou na última quinta-feira (11), a nota de crédito do Brasil, disse que não há perspectiva de mudança do rating do país para os próximos 12 meses. 

O rating do país segue sem o selo de bom pagador, mas agora está três degraus abaixo do grau de investimento. Em entrevista ao Estadão, Lisa Schineller disse que as “condições gerais de crédito soberano do Brasil estão mais fracas e apontam que a trajetória das contas públicas é a principal fraqueza do País, o que vai requerer vários governos para alterá-la” . 

Ainda conforme a diretora, “A não aprovação da reforma da Previdência pelo Congresso foi apontada como o principal motivo do rebaixamento”, porém, explicou que não foi o único motivo. “O motivo do rebaixamento do Brasil não foi apenas a questão que envolve a reforma da Previdência, que é um símbolo, mas a noção de atrasos em sequência que refletiram um amplo padrão de lentidão e de desafios em aprovar matérias difíceis da legislação fiscal, o que requer amplo apoio político. Havia um padrão com sinais sem direção única. Ocorreu uma mudança (estrutural) das condições fiscais, pois o Brasil saiu de um período de baixos déficits do Orçamento e superávit primário registrados há anos para uma fase de grandes déficits primários e do Orçamento. E o País ainda não tem condições de registrar progressos para atacar temas fiscais. Na nossa visão, essa realidade não deve mudar rapidamente, mesmo após a eleição de 2018. 

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