Economia & Mercado

Homens precisam parar de dar cantada, pois vão perder emprego, diz Luiza Trajano

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Segundo Trajano, o avanço é mais rápido quando as empresas entram no movimento contra o assédio, com instrumentos como canal de denúncias e pesquisas.  |   Bnews - Divulgação Reprodução

Publicado em 14/03/2018, às 16h45   Folhapress



Em tempos de reação global, as empresas precisam se envolver com mais intensidade no combate ao assédio moral e sexual para que os funcionários se sintam mais protegidos e, assim, trabalhem melhor.

A defesa foi feita por Luiza Helena Trajano, presidente do conselho de administração do Magazine Luiza, em painel sobre combate a abusos no ambiente corporativo da versão latino-americana do Forúm Econômico Mundial, que ocorre nesta quarta (14), em São Paulo.

“As mulheres estão decidindo até o carro para comprar. Quem decide o mercado hoje são as mulheres”, disse Trajano, reforçando a necessidade de que sejam ouvidas também no ambiente de trabalho. O Magazine Luiza tem 52% de funcionárias mulheres.

“Homem foi acostumado a dar cantada, então estamos falando pra eles pararem de dar cantada se não vão perder emprego no mundo todo. Cantada não é legal.”

Segundo Trajano, o avanço é mais rápido quando as empresas entram no movimento contra o assédio, com instrumentos como canal de denúncias e pesquisas. “E não é algo caro”, disse.

Segundo a empresária, o Magazine Luiza criou um disque denúncia há cerca de 8 meses e, entre janeiro e fevereiro deste ano, promoveu conversas sobre assédio entre líderes e subordinados dentro da varejista. Das 90 denúncias recebidas até hoje, afirmou, 30% foram feitas por homens.

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