Economia & Mercado

Após Petrobras anunciar fechamento de fábrica em Camaçari, Joseildo diz temer 'efeito em cadeia'

Gilberto Júnior/BNews
Estatal anunciou nesta segunda-feira (19) o fim das atividades das unidades da Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados (Fafen) na Bahia e em Sergipe   |   Bnews - Divulgação Gilberto Júnior/BNews

Publicado em 20/03/2018, às 12h16   Redação BNews


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O deputado estadual Joseildo Ramos, líder do PT na Assembleia Legislativa da Bahia (Alba), reagiu nesta terça-feira (20) à decisão da Petrobras de fechar, ainda neste ano, a Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados (Fafen), localizada no Pólo Petroquímico de Camaçari. A unidade é responsável pela produção de fertilizantes nitrogenados a partir do gás natural dos campos produtores de petróleo. Além da fábrica baiana, a determinação também inclui o fim das atividades em Sergipe.

Segundo Ramos, é preciso haver uma reação enérgica do governo baiano e da bancada de deputados para evitar o que pode significar, além da queda de receita dos municípios, a demissão de mais de 700 trabalhadores.

“Precisamos somar esforços com o estado de Sergipe, que passa pela mesma situação [com um unidade da Fafen fechada e no município de Laranjeiras]. Iniciarei uma conversa com o governador Rui Costa para que
juntemos forças nesse sentido e possamos evitar danos à economia dos estados, como a baixa na arrecadação de impostos e os impactos negativos na cadeia produtiva do Polo Petroquímico de Camaçari, onde há fábricas que utilizam a matéria prima produzida por ela”, afirma Joseildo.

De acordo com o governador de Sergipe, Jackson Barreto, o fechamento da unidade de Laranjeiras era previsto e anunciado pelo presidente da Petrobras, Pedro Parente, para o mês de junho, sob a alegação de que a empresa vem dando prejuízos consecutivos, tornando a continuidade da operação industrial inviável do ponto de vista econômico. 

ARGUMENTO QUESTIONÁVEL

Para os dirigentes do Sindipetro/BA, no entanto, o argumento é questionável, uma vez que “a demanda do mercado brasileiro de fertilizantes é maior que a produção nacional” e o consumo de fertilizantes no Brasil, entre 2003 e 2012, cresceu 30%. Para Joseildo, o movimento de fechamento das Fafens não tem relação com a produtividade das fábricas em si, e tendem a abater a economia nacional, favorecendo o desnecessário aumento da importação de fertilizantes.

 “O fechamento de unidades, os questionamentos sobre seu lucro, a tentativa de enfraquecimento dos sindicatos. Essas ações não são aleatórias e desordenadas, e não aconteceram apenas com as Fafens. Elas têm um objetivo muito claro de desidratar a empresa para enfraquecê-la e assim facilitar a venda da Petrobras, o maior tesouro nacional, a preço de banana para o capital estrangeiro”, reiterou o parlamentar.

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