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Ford vai demitir 750 trabalhadores até o final de julho

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Produção de caminhões deve seguir até outubro  |   Bnews - Divulgação Divulgação

Publicado em 20/07/2019, às 16h58   Henrique Brinco


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A Ford vai demitir cerca de 750 trabalhadores até o fim do mês em sua fábrica de São Bernardo do Campo, em São Paulo. A informação foi divugada pelo Sindicato dos Metalúrgicos do ABC e confirmada pela montadora. Em nota, a empresa informa que "com o fim da produção do Fiesta em 13 de junho, foi necessário adequar seu o quadro de funcionários e iniciar o processo de desligamento".

"A iniciativa é parte do processo de encerramento das operações de manufatura na fábrica de São Bernardo do Campo (SP) como consequência da estratégia global de deixar de atuar no segmento de caminhões na América do Sul", declarou a montadora. Cerca de 3 mil pessoas de diversos setores trabalham na fábrica.

A produção de caminhões deve seguir até outubro. Como a venda da Ford ainda não foi concretizada, o Sindicato reforçou a orientação aos trabalhadores sobre o pacote de indenização, além das informações existentes sobre as negociações da montadora com possíveis compradores da planta. Em fevereiro passado, a montadora anunciou o fechamento da unidade paulista e sua saída do mercado de caminhões da América do Sul.

Ameaça de demissões na Bahia
A crise que afeta a Ford por pouco não atingiu em cheio a sucursal da montadora na Bahia. Conforme o BNews informou, em março, o Sindicato dos Metalúrgicos de Camaçari fez um acordo com a Ford e desistiu de entrar em greve. O acordo surgiu depois da empresa apontar a demissão de 700 pessoas

No acordo, além da estabilidade, ficou estabelecido que terão reposição de 100% da inflação, levando em conta o INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), os salários de até R$ 7.515. Remunerações maiores terão reposição de 50% do índice, tendo, nestes casos, perda real. Já os reajustes começarão a vigorar a partir de julho, data-base da categoria em Camaçari.

Os trabalhadores também receberam a garantia que a Ford pagará PLR (Participação em Lucros e Resultados) de R$ 19.640, com a primeira parcela em maio, e adicional noturno de 37,14% aos trabalhadores sobre o valor da hora trabalhada de dia, perante o mínimo de 20% previsto em lei. O acerto quanto à jornada de trabalho ficou em 40 horas, de segunda a sexta-feira.

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