Economia & Mercado

Sindsefaz repudia insinuações de Guedes sobre privilégios dos servidores públicos

José Cruz/Agência Brasil
Nesta segunda (27), o ministro declarou que o “servidor público não vai ficar em casa trancado com geladeira cheia e assistindo a crise enquanto milhões de brasileiros estão perdendo emprego”   |   Bnews - Divulgação José Cruz/Agência Brasil

Publicado em 29/04/2020, às 12h57   Redação BNews


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O Sindicato dos Fazendários da Bahia (Sindsefaz) demonstrou repúdio as novas insinuações do ministro da Economia, Paulo Guedes, de que os servidores públicos são uma categoria  privilegiada, que atua como “parasitas”. 

Em coletiva ao lado do presidente da República, nesta segunda (27), o titular da pasta da Economia declarou que o “servidor público não vai ficar em casa trancado com geladeira cheia e assistindo a crise enquanto milhões de brasileiros estão perdendo emprego”. 

Guedes também sugeriu que o funcionalismo fique sem reajuste de salário em 2020 e 2021. Na avaliação da entidade, o ministro segue vilanizando a categoria. A diretora do Sindsefaz, Marlúcia Paixão - que também é vice-presidente da Federação Nacional do Fisco Estadual e Distrital (Fenafisco) – avalia a declaração como injusta.

 “É um injusto ataque contra um segmento formado por homens e mulheres que estão enfrentando o coronavírus para salvar vidas, nas ruas (policiais), nos hospitais (servidores da saúde), nos postos fiscais, volantes e repartições (fazendários), entre outros”, diz. Ela lembra que o governo federal elencou diversos serviços públicos como essenciais durante a pandemia. 

Marlúcia lembra que os servidores públicos baianos estão há 6 anos sem reajuste e acumulam perdas de 32% dos seus vencimentos. Para ela, o ministro Paulo Guedes desvia o foco para não debater a cobranças por medidas que atinjam os verdadeiros privilegiados do país. 

“Há 206 bilionários brasileiros, que são donos de metade da riqueza nacional, que pagam menos impostos que um trabalhador que ganha R$ 4 mil ou R$ 5 mil por mês”, lembra.

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