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Sindicato acusa Shopping Paralela de despejar 40 lojistas

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Shopping nega acusação e diz estar em contato com empresários   |   Bnews - Divulgação Divulgação

Publicado em 28/07/2020, às 08h39   Redação Bnews


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O plano um de retorno das atividades econômicas em Salvador entrou em vigor na última sexta-feira (24) autorizando o funcionamento dos shopping centers, mas o Paralela, de acordo com o setor jurídico do Sindicato dos Comerciários de Salvador, abriu as portas com 40 lojas a menos, isso porque lojistas foram despejados do centro de compras como confirmou ao CORREIO o diretor jurídico da entidade, Alfredo Santiago.

Segundo o diretor, os fechamentos representam ao menos oito empregos perdidos em cada estabelecimento. A relação no centro de compras com seus lojistas, na avaliação dele, já estava abalada antes do início da pandemia do novo coronavírus, quando os comerciantes perderam receita com o esvaziamento do espaço, após uma obra para a implantação de uma faculdade. A intervenção causou danos estruturais criando a sensação de insegurança nos consumidores que passaram a evitar o shopping. 

O Paralela, no entanto, nega quem tenha despejado os lojistas. Em nota, o shopping afirma que estabeleceu um diálogo com os empresários para buscar soluções para amenizar o impacto econômico causado pela pandemia. 

"A Saphyr Shopping Centers, administradora do Shopping Paralela, continua com seu propósito de buscar soluções que visem a manutenção do negócio e a perenidade dos parceiros, realizando ações que minimizem o impacto (...)  Dessa forma, realizou alterações significativas nos boletos desde o momento inicial. Ciente de que estar próximo dos lojistas nesse momento é primordial, o time administrativo tem acompanhado de perto todos eles, tratando cada negociação de forma individual, entendendo as particularidades e necessidades de cada operação. O shopping está em contato frequente com os lojistas e os tem apoiado por meio de lives de orientações, criação de soluções integradas de vendas (shoplog) e de novos canais para vendas online e por whatsapp", informou.

O Bnews entrou em contato com presidente do Sindicato, Renato Ezaquiel, que informou estar averiguando a situação junto com as lojas e o shopping. "Não é justo que os empreendedores, neste momento de crise, que as pequenas e média empresas estão passando, fechem as portas. Nós do sindicato somos contra que qualquer tipo de empresário seja despejado. É preciso uma negociação para manter a empresa viva e os empregos", disse.

Ainda de acordo com a publicação do CORREIO, além das ações de despejo, várias lojas decidiram sair do shopping durante a crise, o que gera mais custos para aqueles que decidiram permanecer de portas abertas. O espaço funciona com 30% das lojas fechadas, o normal seria de 3 a 7%. 

Classificação Indicativa: Livre

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