Economia & Mercado

"Tivemos mais de 100 demissões e estamos preparando mais 150", diz dono do Boteco do Caranguejo

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Davi afirma que o momento para as empresas é de “solvência”, e ressalta que muitas delas “não têm condições de pagar as contas”  |   Bnews - Divulgação Reprodução Youtube Metrópole

Publicado em 25/02/2021, às 10h29   Raul Aguilar


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O empresário e proprietário do Boteco do Caranguejo, Ângelo Davi, cobrou, durante entrevista ao programa Jornal da Metrópole, um equilíbrio por parte dos gestores públicos na tomada de decisões mais rígidas para conter a segunda onda do novo coronavírus no estado.

O empresário revelou ao apresentador Zé Eduardo que já demitiu 100 colaboradores e que está se preparando para demitir mais 150 pessoas. Ele lembra que a reabertura do comércio no final de 2020 trouxe esperança para os comerciantes, que está se perdendo a cada dia com novas medidas de restrições.

“Nós cumprimos todos os protocolos, conseguimos ter esperança e imaginar que tudo isso seria melhor, e, de repente, nos deparamos com esse momento extremamente difícil, complicado, e agora tivemos que tomar decisões mais drásticas. Nós tivemos mais de 100 demissões imediatas e estamos preparando mais 150 demissões nos próximos dias. Realmente não é um momento fácil, é muito complicado”, desabafou o empresário.

Davi afirma que o momento para as empresas é de “solvência”, e ressalta que muitas delas “não têm condições de pagar as contas”.

“Lembrando que foram abertas linhas de crédito e algumas empresas optaram por essas linhas: Pronampe e etc; e agora se depararam com o momento de começar a pagar essas parcelas. Teremos um mês extremamente difícil e não sabemos até quando. E de onde é que o empresário, comerciante vai tirar dinheiro para cumprir seus impostos, com as parcelas do Pronampe, com as obrigações com seus funcionários e fornecedores?”, questionou o dono do Boteco do Caranguejo.

Ele cobrou um equilíbrio maior na adoção das medidas de restrição no horário do comércio e na circulação de pessoas. Ângelo pontua que é “preciso salvar vidas”, mas que também é necessário “assegurar a dignidade humana”. Ele classifica como “muito difícil” ter que demitir um colaborador com 10 anos de trabalho, e ouvir ele dizer: “me deixe trabalhando sem salário”; são famílias que não terão o pão para levar para casa... Falo como empresário, dói muito ter que demitir”.

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