Florence avalia que orçamento de 2021 nega investimentos em áreas importantes "É a cara de Bolsonaro"

O vice-líder da Oposição no Congresso, o deputado federal Afonso Florence (PT) criticou a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2021, sancionada pelo presidente da República Jair Bolsonaro (sem partido) na última sexta-feira (23).

“Esse Orçamento é coerente com a atuação de Bolsonaro enquanto presidente da República, que destina mais de R$ 1 trilhão para pagamento da dívida pública em detrimento do desenvolvimento social do Brasil. Ou seja, tira do povo, negando investimentos nas áreas mais importantes, para favorecer o grande capital. Portanto, esse orçamento é a cara de Bolsonaro”, opinou. 

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A sanção foi feita com veto de R$ 19,8 bilhões, sendo R$ 10,5 Bilhões de emendas de relator; R$ 1,4 bilhões de emendas de comissão; e R$ 7,9 bilhões de despesas discricionárias do executivo. 

Na ocasião, o governo também publicou decreto bloqueando mais R$ 9 bilhões em despesas adicionais. Os maiores bloqueios foram nos ministérios da Educação, Economia e Defesa - R$ 2,7 bilhões, R$ 1,4 bilhão e R$ 1,3 bilhão, respectivamente.

Florence analisa que os cortes e bloqueios foram aproximadamente R$ 17 bilhões do orçamento, o que, na sua avaliação, prejudicará diretamente a prestação de serviços públicos à população. Somando os cancelamentos e bloqueios, o Orçamento perdeu R$ 29,1 bilhões em comparação com o projeto aprovado pelo Congresso em março. 

Para o parlamentar, o teto de gastos e a meta de superávit não deixam espaço para investimentos com as despesas discricionárias. “Bolsonaro continua sem dar solução para os gastos que foram cortados, como previdência, seguro-desemprego e benefícios sociais. Portanto, esse orçamento é insuficiente, incapaz de atender as necessidades do povo e do Estado brasileiro”, afirmou.