Cinco maiores estatais do Brasil reduziram até 1/4 do quadro de servidores nos últimos 5 anos

As cinco maiores estatais do Brasil, Banco do Brasil, Petrobras, Caixa e Eletrobras, reduziram o seu quadro de servidores em até 25% nos últimos anos - um corte de 1/4 dos funcionários.

No total, foram mais de 111 mil cargos que foram extintos, de acordo com o Ministério da Economia. Hoje, as cinco estatais somam 327.397 il servidores.

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O corte vem sendo progressivo nos últimos anos, com destaque para o governo Michel Temer (MDB) que focou na redução do tamanho do Estado, incentivado pela crise econômica. Na sua gestão foi aprovada a PEC do teto de gastos, que congelou por 20 anos o investimento em diversas áreas.

A digitalização dos bancos também é um fator importante, que tem automatizado serviços e operações e naturalmente substituem determinadas funções, antes essenciais.

"É uma correção de rumo, após um período de crescimento do setor (estatal) em governos anteriores. Foi como voltar um pouco o pêndulo do lado da expansão do Estado em que estava. No caso da Eletrobras, a privatização pesa, mas o cenário não é diferente na Petrobras", diz Sérgio Lazarini, professor do Insper.

Para Márcio Pochmann, economista e professor da Unicamp, algumas estatais que já se preparam para a privatização, já funcionam de acordo com a lógica do mercado privado, de maximizar o lucro reduzir as despesas.

"Essas empresas que estão para serem privatizadas já operam na lógica privada. Elas já entregam uma empresa com menor custo e maior receita", afirma.

Segundo o economista, nos anos 1990 já houve uma redução de 35% dos funcionários de estatais privatizadas, após a venda, e que este movimento faz parte da tentativa do governo federal de melhorar a situação fiscal e se desfazer de ativos.