Economia & Mercado

Fechamento de fábrica no Polo é dado como certo

Imagem Fechamento de fábrica no Polo é dado como certo
Governo, deputado e sindicato tentam mudar a situação   |   Bnews - Divulgação

Publicado em 24/04/2012, às 06h28   Redação Bocão News



Diretores do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria Química, Petroquímica, Plástica, Farmacêutica da Bahia (Sindiquímica) e o deputado Joseildo Ramos (PT) estiveram reunidos com o secretário de Indústria, Comércio e Mineração, James Correia, nesta segunda-feira (23), na tentativa de reverter a decisão de fechamento da fábrica de TDI da Dow Química, localizada no Polo Petroquímico de Camaçari.

Segundo James, o governo não mediu esforços para garantir as condições de funcionamento da unidade da Bahia, inclusive com uma medida anti-dumping, adotada há dois anos, para fortalecer os incentivos fiscais, além de ter negociado as reduções dos preços dos insumos do TDI. “Nossa expectativa é conseguirmos que a empresa mude de posição”, declarou. Preocupado com a possível perda de postos de trabalho, o deputado Joseildo reforçou o posicionamento do governo e dos sindicalistas, cobrando mais responsabilidade da Dow. “O estado fez sua parte e esperamos que os empresários revejam esta decisão”, disse.

A preocupação é com o efeito sobre outras fábricas, já que o Polo funciona de maneira integrada e com uma produção em cadeia. Uma reunião com as maiores empresas do setor deve ser marcada para os próximos dias. De acordo com a Dow, a decisão faz parte de um plano de redução de custos em decorrência da crise econômica europeia. A suspensão das atividades na fábrica de Camaçari também levou em conta as metas de Meio Ambiente, Saúde e Segurança (EH&S) e deve gerar a relocação de 130 funcionários lotados na unidade do Pólo.

A Dow é a única produtora do Brasil de TDI, Tolueno de Disocianato, matéria-prima usada para fabricação de espumas. Por isso, o sindicato disse não haver justificativa para o fechamento da fábrica quando observa-se um aumento na demanda de TDI, inclusive com a expansão do setor automotivo . De acordo com os diretores do Sindiquímica, o prejuízo será enorme para a categoria e para o Brasil, que pode ficar obrigado a importar o produto de outros países.

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